Educação
Escolas expõem produção científica da rede estadual na Sinpete/Ufal até terça-feira
São 33 projetos sendo apresentados em Maceió, Arapiraca e Delmiro Gouveia
As escolas da rede estadual expõem a sua produção científica na Semana Institucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) até a próxima terça-feira (22). São 33 projetos sendo apresentados simultaneamente em Maceió, Arapiraca e Delmiro Gouveia.
Um dos principais eventos de divulgação e popularização da ciência em Alagoas, a Sinpete conta com uma programação diversificada que inclui, dentre outras atrações, o Concurso de Ideias e Pesquisas Inovadoras; Mostra de Astronomia; Expofísica; premiação da Maratona Alagoana de Raciocínio Lógico, além de minicursos, palestras e visitação guiada para as escolas.
A rede estadual levou 26 projetos para o Concurso de Ações Inovadoras – que acontece até o dia 22 - e sete para Expofísica, realizada entre os dias 16 e 18 no Instituto Física da Ufal. Além disso, participou do lançamento da compilação de livros com artigos dos projetos premiados na Sinpete 2023 e será premiada na Maratona Alagoana de Raciocínio Lógico nesta segunda-feira (21). Paralelamente, quase três mil estudantes de 48 escolas participam das visitações guiadas do evento.
Presente à abertura do evento, a secretária executiva de Gestão da Rede Estadual de Ensino, Sandra Vitorino, destacou a importância da participação dos estudantes da rede estadual na Sinpete. “Temos um número expressivo de 33 projetos desenvolvidos por nossos estudantes e que mostram a ciência que é produzida em nossa rede. Também fico muito feliz por estar voltando à Ufal, pois foi aqui que me formei. Por isso, desejo que nossos alunos, brilhem, conquistem seus sonhos e retornem a esta universidade como estudantes do nível superior, pois aqui é o lugar deles”, frisa.
Protagonismo
Os estudantes expositores também refletiram sobre sua participação no evento. Aluna da Escola Estadual Graciliano Ramos, de Palmeira dos Índios, Natália Alves apresentou o projeto Dermaliv, que consiste em uma pomada artesanal de ervas medicinais para cura de lesões. “Esta ideia surgiu durante os Jogos Internos, para ajudar os estudantes que se machucavam nas partidas. Nunca estive na Sinpete antes, e levar nosso projeto para mais pessoas conhecerem é gratificante”, fala a jovem.
Já Ângelo Alessandro, da Escola Estadual Professor Loureiro, de Murici, está em sua terceira Sinpete e foi premiado nas duas edições anteriores. “Por dois anos consecutivos artigos de projetos que eu e meus colegas desenvolvemos foram publicados na coletânea da Sinpete. Isso me incentiva muito e me faz querer continuar na pesquisa e voltar a este evento como universitário”, revela Ângelo, aluno da 3ª série do ensino médio.
Também concluinte do ensino médio, Robert Silva, da Escola Estadual Fernandina Malta, de Rio Largo, visitou a Expofísica com seus colegas e diz que a exposição foi importante na sua preparação para as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Aqui a gente tem a chance de ter uma aula prática e relembrar muitos conteúdos que vimos na escola”, observa. Seu professor, Cássio Fagundes, pensa igual. “Trouxemos 50 estudantes para a Expofísica e aqui eles aprendem mais sobre ciências, amadurecem conhecimentos para o Enem e, quem sabe, despertam para uma futura carreira no magistério e pesquisa”, pontua.
Iniciação científica
Os professores, que orientam projetos e também acompanham seus estudantes nas visitações guiadas, são unânimes ao afirmarem que a Sinpete ajuda a despertar o aluno para a iniciação científica.
“A Sinpete proporciona a integração dos alunos da Educação Básica com a universidade e um contato direto com a ciência, uma experiência que traz uma perspectiva de melhorias em seu contexto educacional, social e cultural”, declara Nelson Nunes, professor de física da Escola Estadual Professor Loureiro.
“Graças à mentoria que tivemos da Sinpete, os nossos estudantes tiveram uma imersão científica e passaram a ter um olhar diferenciado em relação à universidade e à produção acadêmica e científica em si”, complementa Carla Katielly Oliveira, professora da Escola Estadual Laura Chagas, de Santana do Ipanema. Carla e Nelson tiveram projetos de suas escolas premiados na Sinpete 2023 e incluídos na compilação de 2024.
Homenageado na abertura do Sinpete pela sua contribuição à difusão e estudo da astronomia em Alagoas, o professor Adriano Aubert participou da Mostra de Astronomia e da Expofísica apresentando as ações do Observatório Astronômico Genival Leite Lima (OAGLL), localizado no Cepa.
“A Sinpete oportuniza que mais pessoas possam conhecer o observatório, um espaço diferenciado em nossa rede e que possui diversas atividades abertas ao público em geral”, ressalta Adriano.
Programação
Nesta segunda-feira (21), as escolas estaduais continuam a exposição de projetos no Concurso de Ações Inovadoras da Sinpete e participam das visitas guiadas do evento.
Além disso, a partir das 15h30, no Auditório da Reitoria da Ufal, no Campus Maceió, as escolas estaduais Almeida Cavalcanti, de Palmeira dos Índios, e Theotônio Vilela Brandão, de Maceió, serão premiadas na cerimônia de entrega de medalhas da Maratona Alagoana de Raciocínio Lógico.
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