O incentivo à leitura e ao conhecimento sobre aspectos literários, culturais, geográficos e populares do estado de Alagoas foi tema da expocultura dos alunos do Ensino Fundamental – Anos Iniciais (1º ao 5º ano), do Colégio Santíssimo Senhor, nesta sexta-feira (29). O evento é a culminância do trabalho realizado com livros paradidáticos de autores alagoanos.

Cada turma, durante alguns meses, vivenciou as histórias contadas em livros escritos por autores do estado. Os 1ºs anos trabalharam A Menina Singeleza (Renata Baracho), os 2º anos O marinheirinho do Pontal (Maryana Damasceno), os 3ºs anos O embrulho misterioso de Nina (Kemesson Lemos e Sara Albuquerque), os 4ºs anos Uma amizade Além do Tempo (Marília Matsumoto) e os 5ºs anos O que só as minhocas podem ver (Luana Teixeira).

Todas as obras retratam histórias ocorridas sobre aspectos da cultura ou de locais de Alagoas. Por exemplo, A menina Singeleza narra uma confusão entre diversos tipos de rendas e bordados que aconteceu na cidade de “Marechal Rendado”; já o Marinheirinho do Pontal, como o próprio nome sugere, a história é ambientada no bairro do Pontal da Barra, em Maceió; O embrulho misterioso de Nina se passa na cidade de Palmeira dos Índios; Uma amizade além do tempo acontece na cidade de Marechal Deodoro e O que só as minhocas podem ver teve inspiração na cidade de Penedo.

Para a coordenadora pedagógica do Ensino Fundamental, Anos Iniciais, Nívea Laís, a escolha dos livros teve o objetivo de promover a literatura local. “Todos os paradidáticos fazem parte da coleção Coco de Roda, da Imprensa Oficial Graciliano Ramos e eles narram histórias escritas por autores alagoanos. Com isso, nós estamos fomentando a literatura local e apoiando esses autores que trazem narrações belíssimas adequadas à idade dos nossos alunos”, observa a coordenadora.

Maryana Damasceno é a escritora do livro Marinheirinho do Pontal, que foi trabalhado pelos alunos dos 2ºs anos. Atualmente, morando no Rio Grande do Norte, a autora bateu um papo virtual com os alunos. “Quando eu, como escritora, coloco uma história no mundo, a imagino chegando em diversas pessoas, sendo lida, compartilhada. Ver crianças envolvidas com minha criação, trabalhando esse enredo dentro e fora da sala de aula, é a projeção da imaginação se transformando em realidade, e não tem como não ficar muito feliz com isso. Ressalto a importância dos educadores no processo da leitura, pois eles são grandes incentivadores e fundamentais na formação desse hábito tão importante, que forma uma geração mais crítica, criativa e livre”, contou Maryana.

Após discutirem as histórias em sala de aula, os alunos confeccionaram diversos trabalhos sobre o tema, além de viajarem durante aulas de campo para cada um dos locais onde as histórias foram contadas. Nesta sexta-feira, eles finalizaram o projeto com a expocultura, onde apresentaram para os outros alunos, familiares e toda a comunidade escolar o que aprenderam com as histórias que vivenciaram.

O evento contou ainda com a participação da banda da polícia militar de Alagoas, que fez uma apresentação.