Educação
Integrantes de chapa denunciam dificuldades em processo eleitoral
Na sexta-feira (14), ocorrerá eleição para novo mandato do Sinpro/AL, mas a chapa 2 afirma que a chapa 1 não disponibiliza fichas e urnas em escolas da parte alta de Maceió e interior; chapa denunciada afirma que processo ocorre de forma democrática
Na próxima sexta-feira (14) irá ocorrer a eleição para nova diretoria do Sindicato dos Professores da Rede Privada do Estado de Alagoas (Sinpro/AL). Duas chapas estão na disputa, mas uma delas denuncia que está ocorrendo uma dificuldade no processo eleitoral por parte da atual gestão, que também concorre ao pleito.
Os integrantes da chapa 2, formada por 19 professores e encabeçada pela professora Jandete Melo, afirmam que a chapa 1, encabeçada pelo professor Eduardo Vasconcelos, da atual gestão do Sinpro/AL, está dificultando o processo eleitoral.
"Os componentes da chapa 2 vêm a público repudiar o total desrespeito da atual gestão e da comissão eleitoral formada pelos professores Edson Aciole, Albery Ferreira e Manuella Cavalcante, para com os professores da rede privada, pois juntos eles vem dificultando o processo, já que não disponibilizaram urnas itinerantes, nem urnas fixas na parte alta de Maceió e em Arapiraca. A professora Jandete defende que independente de quantidade, é fundamental que todo professor da rede privada participe desse processo democrático que é direito de todo filiado que contribui para a manutenção da entidade, além do mais a comissão eleitoral entregou no dia 5 de abril uma lista para a chapa 2, a qual contém muitas pessoas que não estão mais na rede privada e que muitos professores que deveriam estar não estão com seus nomes nessa lista. É inadmissível esse descaso para com a categoria, essa situação demonstra a total desorganização da diretoria do Sinpro e ficam escancaradas as armações criadas para a manutenção no poder'', denuncia a chapa 2.
Ainda de acordo com os denunciantes, no último dia 4, a representante da chapa 2 Jandete Melo teve uma reunião com os componentes da comissão eleitoral, fez algumas reivindicações, na qual a comissão eleitoral ficou para retornar, mas até agora nenhuma resposta chegou para a professora. ''Desta forma a comissão eleitoral demonstra seu total desinteresse em resolver e ajudar a solucionar os problemas para que o pleito seja o mais limpo e transparente possível''.
Segundo os integrantes da chapa 2, nenhum professor fez parte de gestão sindical e o objetivo é renovar a direção em 100%. ''A gente vem com todo gás para renovar a direção e exigir respeito aos profissionais. Mas estão dificultando esse pleito. A atual gestão está no poder há mais de uma década e quer permanecer'', finaliza.
Em relação às denúncias feitas pela chapa 2, o professor Eduardo Vasconcelos, membro da chapa 1 afirma que não há nenhuma irregularidade no processo eleitoral e tudo vem sendo feito de forma democrática como rege o estatuto do sindicato.
"Na verdade, isso é uma tentativa desesperada de tentar desestabilizar o processo que desde início foi e é democrático. Foi feito em assembleia o estatuto e a própria categoria elegeu. E isso, foi através de uma denúncia nossa que conseguimos que a comissão eleitoral fosse eleita em assembleia como foi dessa vez. Inclusive, eu não faço mais parte do processo, antes era o presidente que estava à frente na comissão e hoje não é mais assim, porque solicitamos isso para ser imparcial. Não tenho contato com a comissão. Há muitos ataques e não há provas'', explica Vasconcelos.
Em relação à lista de professores não filiados, Eduardo disse que houve um caso isolado. ''Teve uma professora que estava na lista porque a instituição não informou que ela tinha saído, mas foi um caso isolado e foi o único caso mostrado pela chapa 2 ao Ministério Público do Trabalho [MPT]''.
Já sobre as urnas no interior, o representante sindical afirma que nunca houve. "Nunca existiu urna no interior. Apenas em Arapiraca, mas a escola com maioria de filiados fechou (Colégio São Francisco) ou seja, atualmente o número de filiados, 20, não compensa colocar porque seria um gasto grande, excessivo. Mas existem urnas aqui no Shopping, no Farol, no estacionamento na Gruta, no Cesmac, que estes professores podem ir votar. Ou seja, isso é medo de não terem votos. Se estamos dificultando, então eles podem entrar na justiça e tentar resolver judicialmente. Estamos tranquilos e fazendo tudo como manda a lei'', pontua Eduardo, acrescentado que ''fichas serão disponibilizadas amanhã com a comissão que está gerindo o processo de forma imparcial''.
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