Educação
Educação celebra folguedos e tradições nordestinas com Sarau Cultural
A 21ª edição trouxe trocas de vivência, musicalidade e cultura regional
Alagoas é o estado do Guerreiro, Coco de roda, Pastoril e diversos folguedos que marcam nossas tradições nordestinas e que perduram até os dias de hoje. Pensando nessa base cultural que o estado possui, a biblioteca Carlos Moliterno realizou, na manhã desta terça-feira (30), o 21º Sarau Cultural, com o tema "Folclore, saberes do povo”.
O projeto, que foi idealizado pela Secretaria Municipal de Educação de Maceió (Semed), contou com a presença do jornalista e brincante de guerreiro João Lemos. A biblioteca, que estava ornamentada com elementos baseados nos folguedos, xilogravuras, ilustrações de manifestações culturais e artesanato, foi palco de conversa, música e contos do Nordeste.
Durante o evento, João Lemos realizou contação de histórias e cantou músicas populares e autorais, sempre acompanhado do pandeiro. Ele, que é jornalista, pesquisador da cultura e brincante, foi criado em contato com esta cultura popular e relembrou vários episódios da sua infância.
Além da troca de vivências, também levantou o debate sobre a importância de mudar a cara da cultura regional para a sua preservação, mobilizando e conscientizando as pessoas sobre essas questões, que é um trabalho que também realiza no Fórum de Cultura Popular e do Artesanato Alagoano (Focuarte).
Segundo o coordenador geral da Biblioteca Municipal, Aurélio Xavier, os temas abordados são de extrema importância, principalmente, no mês em que é celebrado o Dia do Folclore.
“Quando decidimos fazer uma atividade voltada para essa data, pensamos em chamar o João Lemos porque é uma pessoa que está em evidência com seu trabalho de incentivo à cultura e ao trabalho dos mestres. Ele representa a nova geração, já que é um cara jovem que mergulhou de cabeça nas práticas do Nordeste e tem esse trabalho maravilhoso de resgate desses mestres", ressaltou Aurélio.
Preocupado com o futuro das práticas populares de Alagoas, para João Lemos, é essencial promover eventos como esse que mantém a cultura popular viva.
"Eu fiquei muito feliz de ser convidado, porque as instituições de Maceió não tem esse olhar sensível para o fomento das manifestações e saberes da cultura popular, então, a gente estando aqui, é uma forma de resistência e uma porta que se abre aos fazedores de cultura.” concluiu João.
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