A greve dos servidores do Instituto Federal de Alagoas tem início nesta segunda-feira, dia 23 de maio, e segue por tempo indeterminado. A deliberação foi tomada em Assembleia Geral do Sintietfal, realizada na última quinta-feira, dia 19.

Sem reajuste há mais de 5 anos, docentes e técnicos administrativos reivindicam recomposição salarial de 19,99% e a defesa da educação e do serviço público, ameaçados pela Reforma Administrativa, pelos sucessivos cortes no orçamento e pela Emenda Constitucional nº 95.

"Estamos sem reajuste desde 2017, amargando graves perdas salariais. A educação também passa por um desinvestimento, tendo este ano um orçamento menor do que o de 2012. Não podemos aceitar isso enquanto vemos a corrupção no MEC, Bolsonaro gastar R$ 2 milhões em um mês no cartão corporativo e o governo usando dinheiro público para comprar viagra para generais militares”, afirmou Yuri Buarque, presidente do Sintietfal.

A greve nacional da educação federal básica, profissional e tecnológica, organizada pelo Sinasefe, teve início no dia 16 de maio. Atualmente, os/as servidores/as do IFMG, IFBA, IF Sul, IFPE, IFPA, ETRB, Ciaba-PA, IFMS e IFRS já estão paralisados. No serviço público federal, o INSS, o Banco Central, o Tesouro Nacional e a CGU também lutam por recomposição salarial. Outras categorias também se mobilizam e podem entrar em greve a qualquer momento.

Pauta local

Além da pauta nacional, os servidores do Ifal em greve defendem o direito às 30 horas para todos os TAEs que atendem aos requisitos do decreto 1.590/95 e a realização de exames médicos periódicos pelo Ifal, conforme determinado pela lei 8.112/90.

Com o objetivo de fortalecer a adesão à greve e organizar atividades nas unidades do Ifal, o Sintietfal e o Comando de Greve realizarão uma rodada de Assembleias Municipais em todos os campi do Ifal e na Reitoria. A primeira Assembleia está marcada para esta segunda-feira, dia 23 às 15h, de forma presencial no Campus Maceió. Ao todo, 17 assembleias serão realizadas até o dia 1 de junho.