Educação

Educação bilíngue de verdade ensina mais que inglês aos alunos

Fundadoras do primeiro método de ensino bilíngue no Brasil orientam pais sobre como identificar uma proposta de educação bilíngue consistente

Por Assessoria 23/01/2020 19h09
Educação bilíngue de verdade ensina mais que inglês aos alunos
Reprodução - Foto: Assessoria
Terra do primeiro método de ensino bilíngue de inglês no Brasil, o Systemic Bilingual, Maceió vê proliferar pelas ruas placas de educação bilíngue nas escolas. Não é preciso ter crianças em idade escolar para perceber a divulgação. Mas como os pais e mães podem diferenciar o que é propaganda do que é, de fato, um sistema estruturado de ensino que vai ajudar no desenvolvimento de suas crianças? Primeiro é preciso entender que a educação bilíngue se caracteriza por uma vivência bem mais intensiva da língua estrangeira por parte dos alunos, com carga horária extensa e algumas disciplinas ministradas na língua em questão. É preciso também considerar um programa curricular diversificado, com atividades variadas que trabalhem não só questões linguísticas, mas também conectem o idioma estrangeiro – no caso, o inglês – a matérias como Artes, Ciências e até mesmo Matemática. Mais do que ensinar inglês, uma educação bilíngue permite criar as conexões cognitivas para que a criança pense em inglês e consiga se relacionar com o idioma por toda sua vida. As irmãs Fátima e Vanessa Tenório tinham esse pensamento em mente na virada para o terceiro milênio, nos idos de 1999, quando perceberam como seus alunos da System Idiomas passaram a evoluir com uma abordagem diferente, unindo cultura ao ensino do inglês. Desta forma, o Brasil viu nascer em Maceió, capital de Alagoas, a primeira metodologia de ensino bilíngue do país. “Se a criança quando exposta de maneira mais natural ou com um foco que não é o linguístico, acaba falando o idioma, por que não experimentar essa via? O Systemic potencializa a capacidade da criança de aprender globalmente uma língua, evita a via do pouco vocabulário e de restrição com a língua para ter um desenvolvimento mais amplo e mais eficaz”, apontou Vanessa Tenório. O Systemic não ficou restrito à escola de idiomas que as irmãs possuem em Maceió – pelo contrário, expandiu-se enquanto metodologia de ensino que podia ser incorporada às escolas, com material didático e metodologias próprias, além de um sistema de formação de professores altamente arrojado e de acompanhamento constante dos profissionais. Hoje, 20 anos depois, o Systemic Bilingual está em mais de 100 escolas ao redor do país, contemplando mais de 21 mil alunos do ensino infantil e fundamental, e angariando apoio de pais e mães enquanto importante ferramenta de desenvolvimento de suas crianças. Santo de casa “Os alunos mostram-se entusiasmados e sempre na expectativa do que está por vir, visto que a didática dos professores é lúdica e interativa. Verbalizam que não podem e nem querem perder as aulas, o que consideramos muito positivo. Quanto ao desenvolvimento da língua inglesa, é possível perceber a desenvoltura dos alunos no ambiente escolar, a ampliação do seu repertório, uma maior autoconfiança ao falarem inglês em público, além do fato de que os próprios pais demonstram satisfação com o desenvolvimento dos seus filhos”, apontou Ivana Ribeiro Câmara Dorvillé de Moura, Coordenadora Geral da Educação Infantil da Escola Monteiro Lobato, em Maceió. A Monteiro Lobato investiu na educação bilíngue através do Systemic há dois anos, mas a resposta foi tão positiva que viu dobrar o número de alunos matriculados no programa de um ano para outro. Também cientes do sucesso entre pais e crianças, o Colégio Santa Úrsula, também na capital alagoana, pretende aplicar a metodologia nas turmas do Infantil 3 até o 5º ano do ensino fundamental, com possibilidade de expansão em 2021. “Como sabemos da excelente qualidade do material do Systemic, nada mais natural do que fazer essa parceria com eles. É uma metodologia muito assertiva para trabalhar a língua inglesa, trabalha os conteúdos com os alunos de forma muito natural, ensinando a usar o idioma de forma muito espontânea e prática. Acho que essa metodologia casa bem com os valores do colégio em relação à educação”, ponderou Sandra Ribeiro Toledo, diretora do Colégio Santa Úrsula. Qualidade técnica e científica Tal reconhecimento ao Systemic Bilingual deixa as irmãs Fátima e Vanessa Tenório orgulhosas, mas não surpresas. Para elas, a primeira metodologia bilíngue do Brasil é mais uma das grandes colaborações que Alagoas pode dar ao país, uma ponte direta entre Maceió e o que há de melhor no mundo em educação bilíngue, de altíssima qualidade técnica e embasada em dados científicos. “Estamos em Alagoas, mas fomos estudar em universidades inglesas, participar de salas de aula nos Estados Unidos e no Reino Unido, visitamos salas de aula na Espanha. Fomos estudando e buscamos nas melhores fontes, tendo sempre os nossos alunos como principal forma de observação. Ver como eles vivenciavam a metodologia e estava sendo sua evolução, como poderíamos aparar as arestas e aperfeiçoar o Systemic”, declarou Fátima. E nesses 20 anos de caminhada, após diferentes gerações de crianças e jovens, as irmãs Tenório colhem frutos que só podem ser obtidos com uma educação bilíngue de verdade. “O principal ganho é a gente conseguir fazer as crianças pensarem em inglês. Essa coisa de pensar na língua do outro é artístico, é muito difícil de se ensinar, por isso dizemos que no Systemic damos as coordenadas para que o aluno aprenda e se desenvolva”, revelou Fátima Tenório. “Desde as primeiras crianças que usaram o Systemic, observamos o desenvolvimento paralelo de competências diversas, já agregados naturalmente a essa integração de língua e conteúdo. Desenvolver a autoconfiança, pensar criticamente, falar em público, trabalhar em colaboração com o outro, criatividade, instigar curiosidade, pensar além e usar meios tecnológicos e acesso à informação para ampliar todo esse repertório”, enumerou Vanessa. Ou seja, uma educação bilíngue de verdade vai muito além de aulas de inglês na sala ou material didático todo em inglês. É toda uma abordagem de ensino que vai muito além da abordagem linguística de um idioma.