Educação

Com 80 anos de existência, escola em Colônia Leopoldina recebe transformação

Única da cidade a ofertar Ensino Médio, unidade atende mais de 750 estudantes da região

Por Agência Alagoas 24/06/2018 10h48
Com 80 anos de existência, escola em Colônia Leopoldina recebe transformação
Reprodução - Foto: Assessoria
Inaugurada em 28 de janeiro de 1932, uma década após Colônia Leopoldina passar à condição de cidade, a Escola Estadual Aristheu de Andrade, é, sem dúvida, um patrimônio educacional no norte de Alagoas, tendo já formado escritores, advogados, bombeiros e médicos. Agora, essa octagenária instituição de ensino ganha nova vida graças à reforma e descentralização de recursos empreendidas pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc). Única do município a ofertar Ensino Médio regular e Educação de Jovens e Adultos (EJA) Médio para 750 estudantes da região, a escola está localizada a  poucos metros da Igreja Matriz Nossa Senhora do Carmo e vem ganhando novos ares com a  reforma e gestão. Além da recuperação da fachada original, reforma e ampliação da cozinha, corredor coberto para acesso dos alunos, sala para professores, almoxarifado, sala de leitura ampliada em 30% com prateleiras de alvenaria, a unidade ganhou espaço para videomonitoramento e melhora a acessibilidade, pois atende cadeirantes. Também adaptou o anfiteatro, com a previsão de construção de palco para eventos ao ar livre e ainda conta com espaço para futura construção de auditório. Segundo o gestor geral da unidade, Wellington Sandro Silva de Carvalho, a escola estava sem a estrutura adequada e desacreditada pela comunidade, perdendo alunos diariamente. Mas com reformas e injeção de recursos, os ânimos agora são outros. “Ninguém mais queria estudar na escola, ela não era atrativa. Quando assumi a gestão, ouvi uma mãe dizer que levaria o filho para estudar em Palmares (PE) porque não queria matriculá-lo no Aristheu. Naquele momento, percebi que era necessário promover atividades que resgatassem o interesse dos jovens pela escola e assim temos feito. Hoje temos a comunidade ao nosso lado e, apesar da reforma ainda não ter sido totalmente concluída, já trouxe benefícios importantes”, declara Wellington. O gestor comemora os avanços conquistados nos últimos dois anos. Além das instalações recuperadas, reativou a banda fanfarra ano passado com os recursos do programa Escola da Hora e promoveu melhorias no laboratório de informática com verba do programa Escola Web. “Nossa escola nunca viu tanto recurso como atualmente. Estamos numa grande revolução”, avalia o gestor. Estrutura em evolução Ex-aluna, professora, escritora e hoje gestora adjunta do Aristheu, Georgia Lamenha Silva Costa, fala com a propriedade de quem cresceu em constante contato com esta escola. “Na fachada não perdemos a essência e originalidade, mantendo os janelões e venezianas. Na sala de leitura, ganhamos novas prateleiras de alvenaria e conseguimos comportar aproximadamente uns sete mil livros, mas a cozinha foi um dos principais espaços transformados. Hoje temos espaço para tudo, o que garante mais agilidade e segurança também”, explica Georgia. A reforma também trouxe benefícios à segurança da instituição. “Hoje temos 24 câmeras distribuídas em toda escola. Isto facilita a questão da visualização e observação dos alunos e de toda movimentação, além de ajudar a resgatar informações quando necessário”, comemora Daniel Soares, vigilante há 16 anos. E o clima de renovação contagiou também a equipe de futsal masculino, campeã da etapa regional dos Jogos Estudantis de Alagoas (Jeal) deste ano pela 7ª Gerência Regional de Educação (Gere). “Os jogos foram difíceis, mas fomos ganhando. Tivemos o total apoio dos professores Kleberson Marques e Clarice Lamenha. Foi muito bom, quando chegamos na escola todo mundo comentando. Me senti orgulhoso”, confidencia Guilherme Henrique, aluno da 1ª série do ensino médio e artilheiro da competição com 10 gols.