Educação

Greve de servidores da Ufal é mantida e pode acabar no início de dezembro

Segundo coordenador, paralisação nacional vai contra reformas do governo federal

Por Rívison Batista 21/11/2017 19h50
Greve de servidores da Ufal é mantida e pode acabar no início de dezembro
Reprodução - Foto: Assessoria
Na manhã desta terça-feira (21), aconteceu uma assembleia do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) no hall da reitoria da Ufal sobre a greve dos trabalhadores da universidade, que teve início no dia 10 de novembro. Segundo o coordenador geral do Sintufal, Davi Fonseca, a paralisação nacional de servidores das universidades federais é contra as reformas do governo Temer e, no início do mês de dezembro, vai haver uma assembleia para discutir se a greve – que abrange diversas universidades pelo país – deve chegar ao fim. De acordo com Davi Fonseca, a assembleia que aconteceu nesta terça-feira teve o objetivo principal de discutir sobre a formação de uma caravana dos servidores federais para Brasília. “Dia 28, na próxima semana, está marcada uma marcha dos servidores federais de todo o país a Brasília, e a gente tratou especialmente deste tema, além da conjuntura da paralisação. Decidimos pela manutenção da greve, como já era previsto”, afirma o coordenador à reportagem do Tribuna Hoje, dizendo ainda que, na assembleia, já foi formada uma delegação de Alagoas composta por 20 que partem no próximo domingo (26) pessoas para a marcha nacional de servidores. O coordenador afirma que a greve está sendo pautada nas defesas dos direitos dos servidores e das instituições públicas. Davi Fonseca diz que o governo federal já tem propostas de transformar universidades federais em Organizações Sociais (OS) e também de cobrar mensalidades nas instituições. “Diferente do que muita gente imagina, nossa greve não está reivindicando salários. Uma das preocupações dessa greve é denunciar o caos que está acontecendo com as instituições públicas com essas políticas que estão sendo encaminhadas e com os cortes orçamentários que têm sido feitos”, disse Davi. O coordenador afirmou ainda que os servidores da Ufal devem ficar pelo menos dois anos sem reajustes salariais. Davi Fonseca também comenta que o governo federal vem preparando um conjunto de reestruturação de carreiras de servidores públicos, que, de acordo com o coordenador sindical, vai retroagir com as carreiras que já existem, retirando direitos dessas carreiras. “Pela preservação dos nossos direitos conquistados, a greve também é mantida. É inadmissível essa reestruturação, que para nós significa ‘destruição das carreiras’”, afirma. Reformas trabalhista e previdenciária Saindo do foco dos direitos dos servidores públicos, o coordenador do Sintufal comenta que a paralisação dos trabalhadores federais também vai contra as reformas da previdência e trabalhista do governo Temer. “Temos diversas pautas, e falando em um sentido mais amplo, abrangendo toda a população, os direitos sociais foram prejudicados com essas reformas . Pedimos a anulação da reforma trabalhista e da terceirização irrestrita, que foram aprovadas este ano, bem como contra a reforma da previdência”, afirma.