Educação

‘Bienal dos 200 anos’ começa em Alagoas e traz autores de destaque para o público

Renan Filho e Rui Palmeira estavam presentes na abertura da Bienal

Por Texto: Rívison Batista 29/09/2017 22h58
‘Bienal dos 200 anos’ começa em Alagoas e traz autores de destaque para o público
Reprodução - Foto: Assessoria

A 8ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas teve início nesta sexta-feira (29) e vai até o dia 8 de outubro. O evento acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro do Jaraguá, em Maceió, e reúne palestrantes de peso, como Martinho da Vila, Gregório Duvivier, Bráulio Bessa, Jessier Quirino, Márcia Tiburi, entre vários outros autores nacionais. Na abertura do evento, presenças importantes foram ao Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, como o governador de Alagoas, Renan Filho, o prefeito de Maceió, Rui Palmeira, e a reitora da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Maria Valéria Costa Correia.

O secretário de Estado da Comunicação, Ênio Lins, afirmou que esta é a Bienal dos 200 anos de Emancipação Política de Alagoas, e que, por causa da data comemorativa, será um evento mais animado e mais produzido do que as outras bienais. “As secretarias que têm relação com lançamento de publicações estão presentes aqui em estandes”, afirmou o secretário.

O governador Renan Filho disse à imprensa no local que a Bienal dos 200 anos vai proporcionar ao visitante “um mergulho em todas as áreas do conhecimento”. “No nosso bicentenário, a gente dá alguns gritos, e o grito pela educação é fundamental. Quem vem para cá, vem para comprar ou vender livros. Eu espero que o povo alagoano saia ganhando aqui, tanto na educação quanto na economia”, disse o governador.

Renan Filho ainda disse que é de uma geração que está “na transição entre o livro e o meio digital”. “O contato com o livro é importante. Mas as novas gerações estão mudando isso. Meu filho pequeno, já de outra geração, põe o dedo na tela da TV para ver se é de touch screen”, disse, bem-humorado, o governador de Alagoas.

Protesto do Sintufal e do MLST

Membros do Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal) estavam presentes na abertura do evento com uma faixa em protesto com os dizeres: “Salve a universidade pública! Fora Temer!”.  O coordenador geral do Sintufal, Davi Fonseca, falou à reportagem do Tribuna Hoje que o governo atual vem tornando precário o ensino público no Brasil.

“Estamos ocupando o espaço da Bienal, que entendemos que é da universidade, para protestar contra as medidas do governo Temer. Estas medidas estão sendo impostas no sentido de desmantelar o ensino público tanto em Alagoas quanto também em todo o País”, disse Davi.

Além do Sintufal, o Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST) estava presente também na abertura da Bienal e os membros entoavam cantos de protesto dentro do Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso.

Auditório

No auditório do Centro Cultural, o diretor da Editora da Ufal (Edufal), Osvaldo Maciel, agradeceu a todos os servidores envolvidos na realização do evento.

Logo após, o governador Renan Filho falou ao microfone e fez críticas ao atual governo brasileiro. “Existem bons e maus governos, mas também existem aqueles que não estão à altura do cargo que ocupam”, afirmou, sob aplausos, o governador.

A reitora da Ufal, Maria Valéria Costa Correia, disse que “os livros sozinhos não mudam o mundo, mas um bom acervo literário pode atingir a realidade, e isso é uma forma de mudar o mundo”. “Nesses 200 anos de Emancipação Política, a Ufal vem celebrar, na Bienal, com os viventes em Alagoas. Em tempos de retiradas de direitos sociais e cortes orçamentários nas universidades federais, a Bienal é uma demonstração de força”, afirmou a reitora.

 

Fotos: Rívison Batista