A Agência Nacional de Mineração (ANM) distribuiu, até o mês de novembro de 2025, um montante de R$ 13.330.756,03 em royalties da mineração para o estado de Alagoas.
O município de Craíbas, com 25.397 habitantes, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o líder absoluto com arrecadação de R$ 10.118.550,68. O valor corresponde a 82,6% de todo o volume financeiro repassado pela agência aos 102 municípios do estado.

A capital Maceió ocupa a segunda colocação com o recebimento de R$ 1.453,915,33. Em segundo lugar está Arapiraca, que recebeu R$ 254.348,17. Os valores são oriundos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral (CFEM).

No ano passado, incluindo já o mês de dezembro, o estado de Alagoas recebeu R$ 24.058.192,82. Desse montante, o município de Craíbas teve um repasse de R$ 18.359.985,86. Em termos de comparação, o montante correspondeu a 75% de toda a arrecadação da CFEM ao estado, em 2024.

Cobre

O município agrestino tem no minério de cobre a sua principal fonte de arrecadação econômica. De acordo com a ANM, além da extração do cobre pela Mineração Vale Verde (MVV), em Craíbas, com exportações pelo Porto de Maceió, os outros recursos da Cfem em Alagoas estão as fontes de água mineral, granito e outros produtos.

Os recursos são destinados a municípios afetados diretamente pela atividade mineral, que incluem aqueles com ferrovias, estruturas, minerodutos e atividades portuárias associadas à mineração.

Desde o ano de 2021 que a atividade mineradora vem ampliando suas ações no Agreste de Alagoas, mais precisamente no município de Craíbas, com a exploração de jazidas de cobre, ferro e ouro.

A atividade gera empregos e aumenta a balança comercial do estado, com a exportação de minério de cobre do Porto de Maceió para a China e outros países.

Desde o ano de 2021 que a empresa vem operando a mina a céu aberto e com a planta de processamento de cobre no Povoado Serrote da Laje, retirando o mineral do solo profundo em Craíbas. Também estão sendo exploradas jazidas de ferro e ouro no município agrestino.

A empresa foi adquirida em março deste ano pelo grupo chinês Baiyin Nonferrous. O valor do investimento foi de 420 milhões de dólares, o que corresponde a R$ 2,3 bilhões.