Economia

Mandioca tem alta de 47% e anima produtores

Por Davi Salsa / Sucursal Arapiraca 07/10/2025 09h06
Mandioca tem alta de 47% e anima produtores
Cotação da tonelada passou de R$ 375 para R$ 550 em um ano - Foto: Divulgação

Com uma área de aproximadamente 80 mil hectares de plantio, a cultura da mandioca garante o sustento de milhares de agricultores familiares em Arapiraca e mais cinco municípios do Agreste alagoano.

Nas últimas semanas, a cotação da tonelada do produto vem registrando acentuada elevação, o que anima os agricultores da região.
Segundo apurou a Tribuna, ano passado, a tonelada foi comercializada a R$ 375. Agora, neste início de outubro, o valor já ultrapassa R$ 550, o que representa um aumento da ordem de 47% em relação a 2024.

O estado produz anualmente 400 mil toneladas de mandioca, e o Agreste tem significativa importância no cenário, com aproximadamente 70% de toda a produção alagoana.

Arapiraca, por sua vez, com a vocação natural para a agricultura familiar, produz cerca de 30 mil toneladas e um faturamento de R$ 15 milhões a cada colheita.

A cadeia produtiva também inclui os municípios de Girau do Ponciano, Limoeiro de Anadia, Taquarana, Coité do Nóia e Junqueiro.

Com a boa cotação da tonelada do produto, este ano, devido à crescente demanda do mercado interno, a expectativa é de que o preço continue estável e em crescimento, trazendo esperança de dias melhores e aumento das vendas e da renda dos agricultores familiares em toda a região.

Culinária

A mandioca (Manihot esculenta Crantz) é uma raiz nativa da América do Sul, cultivada em todos os estados do Brasil e utilizada de diversas formas na culinária, como frita, assada e em produtos como farinha, tapioca e polvilho. Existem dois tipos principais: a mandioca-brava, que requer processamento para eliminar o ácido cianídrico, e a mandioca-mansa, mais segura para o consumo in natura.

É a terceira maior fonte de carboidratos nos trópicos, depois do arroz e do milho, e é um dos principais alimentos básicos no mundo em desenvolvimento, existindo na dieta básica de mais de meio bilhão de pessoas. Espalhada para diversas partes do mundo, tem hoje a Nigéria como seu maior produtor.