Economia
Pela primeira vez no ano, indicador de confiança do empresário apresenta elevação
Embora na margem, crescimento de 0,93% acontece após sete meses consecutivos de queda e sinaliza melhoras pontuais no varejo de Maceió

Após sete meses de queda contínua, a confiança do empresário de Maceió apresentou sinais de recuperação, em junho, com um crescimento de 0,93%, alcançando 97,7 pontos. Embora tímido e abaixo dos 100 pontos considerados satisfatórios, é a primeira vez no ano que o indicador se eleva e sinaliza melhoras pontuais no varejo em meio a um cenário ainda marcado por incertezas econômicas, conforme aponta a pesquisa do Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) realizada pelo Instituto Fecomércio AL, em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
Se na comparação anual a confiança do empresário da capital caiu -3,93%, a recuperação começa a despontar na variação mensal quando se analisa o desempenho deste indicador nas pequenas empresas (até 50 empregados), crescendo 1,04%. Como o comércio da capital é majoritariamente composto por empresas deste porte, a elevação positiva é um bom indicador, mesmo frente à queda de -6,26% na confiança dos empresários nas empresas de maior porte (acima de 50 empregados).
“As pequenas empresas demonstraram maior resiliência, com destaque para o setor de bens não-duráveis, que manteve crescimento estável. Já os segmentos de bens duráveis e semiduráveis enfrentaram quedas expressivas, refletindo dificuldades estruturais e sensibilidade ao crédito e à renda das famílias”, avalia o assessor econômico do Instituto Fecomércio AL, Francisco Rosário.
Cenário ainda traz sinais de cautela
O Icec é composto subindicadores e, em junho, o destaque ficou para o Índice de Condições Atuais do Empresário do Comércio (ICAEC), o qual teve crescimento de 6,9%. Por outro lado, o Índice de Expectativa do Empresário do Comércio (IEEC) teve retração de – 1,3%, refletindo cautela dos empresários; ao passo que o Índice de Investimento do Empresário do Comércio (IIEC) apresentou estabilidade ao cair na apenas -0,1%, ou seja, na margem. Para o economista, no contexto geral, as expectativas futuras dos empresários permanecem no campo do otimismo, embora com sinais de cautela, como queda nas intenções de contratação e investimentos.
A pesquisa ainda demonstra como a confiança do empresário maceioense vem sendo sentida nas categorias do varejo. No segmento de semiduráveis, composto por vestuário, tecidos e calçados, houve recuo mensal de -5,29% e, na comparação anual, de -10,39%. No segmento de duráveis, no qual se inserem eletroeletrônicos, móveis e decorações, materiais de construção e veículos, a trajetória foi positiva: elevação mensal de 0,76% e alta anual de 2,02%. No segmento de não-duráveis, que compreende supermercado, farmácia e perfumaria, o desempenho mensal foi positivo com o crescimento de 1,79% entre maio e junho, mas a comparação anual registra queda -9,28%.
“O desempenho negativo do vestuário reflete a redução do consumo e o endividamento das famílias. Supermercados demonstram resiliência diante da demanda por bens essenciais. Bens duráveis demonstram leve reação, limitada por crédito restrito. Apesar da melhora mensal, o cenário anual aponta fragilidade estrutural do varejo local”, analisa Rosário.
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