Economia

Governo investe em ações para incentivos à produção de arroz em Alagoas

Por Tatiane Bastos /Ascom Seagri 11/10/2024 14h01
Governo investe em ações para incentivos à produção de arroz em Alagoas
Segundo dados do IBGE, estado deve alcançar safra de 23,4 mil toneladas em 2024, um crescimento de mais de 4% - Foto: Seagri


A produção de arroz em Alagoas está dando sinais positivos de crescimento. Segundo estimativa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado deve alcançar uma safra de 23,4 mil toneladas em 2024, um aumento superior a 4% em relação a 2023, quando a produção bateu 22.399 toneladas de arroz.

Para estimular o crescimento e fortalecer a rizicultura local, o Governo de Alagoas, através da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri), está realizando uma série de atividades na região do Baixo São Francisco, que compreende as áreas de plantio irrigado nos municípios de Igreja Nova, Penedo e Porto Real do Colégio.

“Estamos trabalhando para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva, gerando renda para as famílias de agricultores. Os dados mostram que as políticas públicas do governo Paulo Dantas têm gerado resultados e iremos fazer ainda mais. Estamos preparando um pacote de ações que traz outros benefícios para os produtores”, explica a secretária de Agricultura, Aline Rodrigues.


Entre as ações adotadas pelo Governo do Estado estão a entrega de maquinários agrícolas para o município de Igreja Nova; e o lançamento do Cresce Alagoas, junto à Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), que traz benefícios fiscais para as empresas que beneficiam arroz e que compram dos agricultores do Baixo São Francisco.

Também serão distribuídas, através da Seagri, cerca de 60 toneladas de sementes de arroz para atender 300 agricultores familiares nos perímetros irrigados, através do Planta Alagoas, na etapa Alagoas Mais Arroz. As estratégias vão melhorar a produtividade local, estimulando a produção e consumo interno de arroz.

“Ao ampliar a produção, vamos ter um impacto na economia local porque vamos conseguir atender melhor a demanda interna, e sobretudo fazer a diferença na vida dos produtores e das famílias alagoanas que consomem o arroz, um produto que está na mesa de todos os brasileiros. Um importante alimento para garantir a qualidade nutricional da população”, acrescenta a secretária.


Pesquisa com materiais genéticos

Durante esta última semana, na terça (08) e quarta-feira (09), a Seagri realizou, em Igreja Nova, capacitações de produtores, técnicos e extensionistas que atuam nos plantios irrigados do Baixo São Francisco, com palestras de renomados profissionais da área.

Lindomar Bispo é um produtor de arroz do Distrito de Boacica e esteve presente nas atividades técnicas. Ele acredita que os preços para o arroz estão mais atrativos.

“Eu trabalhava com cana-de-açúcar e estou migrando uma parte dos meus lotes para a produção de arroz. É excelente essa ação do Governo de Alagoas com a Seagri. Estávamos trabalhando cada um por sua conta. Hoje com a base da Embrapa vindo e orientando será importante para alavancar ainda mais a produção”, ressalta Lindomar.


Nesta quinta-feira (10), foi implantada uma parcela demonstrativa para avaliar três diferentes cultivares recém-lançados pela Embrapa Arroz e Feijão (GO), onde será avaliada a adaptabilidade dos materiais para a região do Baixo São Francisco.

A lavoura experimental será acompanhada pela equipe da Seagri e de técnicos da Prefeitura de Igreja Nova. Após validação dos materiais genéticos para o estado, será possível agregar valor ao produto local e aumentar a produtividade nos plantios irrigados.

“A Embrapa está trazendo todas as suas tecnologias e conhecimento para serem aplicadas em Alagoas nesta parceria com a Seagri. O intuito é fazer com que a região tenha uma produção sustentável. Entendemos que o Baixo São Francisco alagoano tem alto potencial para a produção de arroz e esperamos que, com os resultados das novas variedades, possamos ter melhor rentabilidade e grãos de altíssima qualidade para atender a demanda interna”, explica o coordenador do Programa de Melhoramento Genético de Arroz da Embrapa, José Colombari.