O reajuste no valor da gasolina já chegou às bombas dos postos de combustíveis de Maceió. Em alguns pontos de venda o valor já ultrapassa os R$ 5. No início da semana, o litro podia ser encontrado por R$ 4,85 em alguns postos.

O aumento nos postos da capital ocorre após o anúncio de rejuste de 7,47% nas distribuidoras feito pela Petrobras na última terça-feira (24). O preço médio de venda de gasolina para as distribuidoras passa de R$ 3,08 para R$ 3,31 por litro, ou seja, um aumento de R$ 0,23 por litro.

O combustível pode ser encontrado por R$ 4,86 a R$ 5,10 nos postos de gasolina da capital.

A reportagem da Tribuna Independente foi às ruas na tarde de ontem (25) e já registrou alguns postos de combustíveis ajustando os seus valores nas placas. Em um estabelecimento na parte alta da cidade, a gasolina está sendo comercializada por R$ 5,10. Segundo o gerente, Márcio Rodrigues, o estabelecimento já aderiu ao aumento. “Foi mais ou menos R$ 0,23 centavos de aumento. Já é possível ver um impacto”, comentou.

O reajuste pegou alguns motoristas de surpresa. Para o condutor Maurício Luiz, que trabalha com isso todos os dias, o impacto é imediato. “Vai pesar. Esse aumento sentimos no bolso. A gente pensa que é pouco, mas não é. Espero que não volte a subir como antes, porque não tem condições de trabalhar dessa forma”, declarou.

O preço do litro da gasolina aditivada também foi reajustado, de R$ 4,86 passando para R$ 5,29, e o diesel que antes podia ser encontrado por R$ 5,99, agora é achando por R$ 6,90.

AVALIAÇÃO

O economista, professor e mestre Diego Farias, diz que o aumento era necessário, pois o preço estava congelado desde dezembro. “De lá para cá o barril do petróleo, o Brent, subiu bastante, cotado hoje a 86 dólares, pois a Petrobras adora a paridade cambial”, explicou.

Ainda segundo o economista, qualquer aumento no preço dos combustíveis pode impactar outras áreas. O reajuste no preço da gasolina afeta a economia como um todo, desencadeando aumentos generalizados nos preços, gerando inflação. “É um start para o aumento de preços (inflação) de toda cadeia produtiva, com isso teremos aumento em todos os produtos não só no que dependente diretamente do petróleo, mas também os indiretos atrelados ao frete”, explica.