Economia
Consumidor reclama dos preços da Black Friday no Comércio de Maceió
Centro da capital registra grande movimento na sexta-feira, mas promoções não agradaram à população: “não vi diferença”
Apesar do grande movimento no Centro de Maceió, na sexta-feira (25), por causa da Black Friday, muitos clientes reclamaram dos preços e levaram apenas itens que estavam precisando. O motorista Adriano José da Silva está entre os clientes que pesquisaram antes de comprar, mas acabou comprando o produto pelo mesmo preço encontrado durante as pesquisas.
“Eu pesquisei muito antes de comprar. Até em Arapiraca eu fui e não vi diferença nenhuma no preço. Comprei essa máquina de lavar porque um amigo meu que é vendedor conseguiu deixar o preço de a vista parcelado, depois que eu mostrei para ele fotos de antes da Black Friday”, afirmou Silva.
A dona de casa Francisca dos Santos também estava esperando a data, mas o único item que conseguiu na promoção foi um ventilador. “Ele estava custando R$ 190 e consegui por R$ 150. Já economizei R$ 40. Mas as promoções não estão boas. Com o valor do desconto que consegui no ventilador, comprei umas coisinhas que estava precisando em casa”, contou.
A técnica de enfermagem Kallarane Cardoso saiu do Centro de Maceió com duas televisões, mas disse que comprou pelo preço normal. “Nunca tem desconto de verdade. A gente vem na ilusão. Não vi nada na promoção, mas estou levando as televisões que já pretendia comprar e estava esperando a data para ver se baixava o preço”, lamentou.
Do outro lado, os vendedores reclamaram do baixo volume de vendas. “O movimento está péssimo. Nós preparamos muitas promoções, mas o movimento não está sendo como esperávamos. A expectativa era dobrar as vendas, mas está bem parado”, disse o vendedor Joab Gomes, que trabalha em uma loja de eletrodomésticos.
A vendedora Allyan Wedja, que trabalha em outra loja de eletrodomésticos, também relatou poucas vendas. “Está razoável, já tivemos movimentos melhores. O público esperado não está sendo como em anos anteriores, mas estamos conseguindo vender itens de telefonia, televisores e máquina de lavar, num volume bem menor”, afirmou.
A expectativa do instituto Fecomércio para a data era de que, somente na capital alagoana, o montante total de compras no período movimentasse R$ 49.165.845,83. Deste total, o levantamento indicava que R$ 40.807.652,04 seriam destinados a compras em lojas físicas e R$ 8.358.193,79 a compras em lojas virtuais.
No comparativo com o ano passado, era esperado um crescimento de 46,5% da receita total gerada na Black Friday deste ano.
Para não cair em golpes ao fazer compras pela internet e garantir que está comprando pelo menor preço, o economista Diego Farias recomenda que os consumidores pesquisem as lojas e desconfiem de preços muito baixos.
“Realizar compras online sempre nas lojas conhecidas e, se possível, que tenha uma loja física na sua cidade, até para possíveis trocas, que facilita bastante; olhar sempre sites como ‘Reclame Aqui’ para ver a reputação da empresa; desconfiar de preços muito baixos em sites de lojas não conhecidas e usar mecanismos do Google Shopping ou Buscapé para fazer pesquisa de determinado produto”, disse Farias.
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