Economia
Valor da gasolina volta a passar dos R$ 5
Conforme a ANP, preço médio do combustível registrado em Alagoas entre os dias 6 e 12 deste mês foi de R$ 5,10
O preço médio do litro da gasolina subiu pela quinta semana consecutiva em todo o país, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Em Alagoas, o preço médio registrado da gasolina comum, entre os dias 6 e 12 de novembro, foi de R$ 5,10.
Na capital alagoana, o preço médio registrado do combustível foi de R$ 5,07. E, dentre os 18 postos pesquisados pela reportagem em Maceió, o menor valor encontrado da gasolina comum foi R$ 4,84 e o maior R$ 6,85.
Em um posto de combustível na parte baixa de Maceió, a gasolina comum está sendo comercializada por R$ 5,09. Segundo o gerente, eles recebem da distribuidora o litro por R$ 4,75, não sendo possível praticar preços abaixo de R$ 5.
“Já chegamos a comprar por R$ 4,55, que foi quando estávamos vendendo por R$ 4,99. Mas com ela a R$ 4,75, não tem condições de vender por menos de R$ 5, senão não conseguimos pagar as contas”, afirmou José Aparecido.
Para a vendedora Margarida Feitosa, a queda no valor do combustível antes das eleições foi uma medida eleitoral. “Com certeza foi política e eu já esperava que aumentasse após as eleições, principalmente, com o Bolsonaro perdendo e acredito que deve aumentar mais daqui para o fim do ano”, afirmou.
O motorista de aplicativo Ricardo Tenório costuma abastecer sempre no mesmo posto e, apesar de não ter passado dos R$ 5, tem sentido aumento. “Eu tenho visto por mais de R$ 5 em alguns postos e acredito que a tendência é aumentar ainda mais. Eu abastecia por R$ 4,72 e hoje está R$ 4,89”, disse.
Segundo o economista Diego Farias, já era esperado esse aumento após as eleições e vai impactar ainda mais no valor dos alimentos. “Além de impactar em toda cadeia produtiva, o aumento dos combustíveis é o start na inflação geral e, principalmente, nos alimentos, onde o frete chega a corresponder 20% do preço final”, afirmou.
A alta no preço da gasolina vendida aos consumidores acontece mesmo com o combustível vendido pela Petrobras às distribuidoras não tendo sofrido aumento desde junho.
O Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de Alagoas (Sindicombustíveis/AL) informou que não acompanha os reajustes dos combustíveis e não tem acesso à relação dos postos com as distribuidoras, portanto, não tem como precisar os motivos dos reajustes ou fazer previsões.
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