Economia

Dólar cai e fecha em R$ 3,22, menor desde fim de novembro

Moeda norte-americana caiu 0,56%, vendida a R$ 3,2282

Por Reuters 10/01/2018 16h50
Dólar cai e fecha em R$ 3,22, menor desde fim de novembro
Reprodução - Foto: Assessoria

O dólar firmou trajetória de baixa e encerrou a quarta-feira (10) no menor nível ante o real desde o final de novembro, com fluxo vendedor se sobrepondo à alta da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes.

A moeda norte-americana caiu 0,56%, vendida a R$ 3,2282. É o menor nível desde de 28 de novembro passado (R$ 3,2087). Na mínima, a moeda norte-americana foi a R$ 3,226. Em 2018, já há queda acumulada de 2,6%.

"A moeda (norte-americana) abriu em alta e já acima de R$ 3,25, mas daí exportadores entraram vendendo", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

À tarde, esse movimento ganhou força e o dólar renovou várias vezes a mínima da sessão. Neste início de ano, profissionais têm chamado a atenção para ingresso de recursos em meio a um ambiente mais favorável, o que pode ser reforçado com captações como a da Rumo Logística, de US$ 500 milhões em bônus de 7 anos.

No exterior, o dólar tinha queda ante uma cesta de moedas depois da informação de que a China estaria pronta para reduzir suas compras de Treasuries dos Estados Unidos.

Ante divisas de emergentes, a moeda norte-americana subia frente a algumas divisas, como o peso chileno. Os investidores aguardavam números de inflação norte-americanos programados para o final desta semana, que poderão fornecer pistas adicionais sobre o ritmo de aumento de juros nos EUA.

Para Silva, o dólar deve ficar oscilando pouco pelo menos até a semana do julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acontecimento político que está atraindo as atenções dos mercados financeiros.

O ex-presidente será julgado, no dia 24 de janeiro, em segunda instância pelo caso do tríplex no Guarujá, pelo qual foi condenado a mais de nove anos de prisão. O desfecho do julgamento pode influenciar a corrida eleitoral deste ano.

O mercado também seguia cauteloso frente às negociações do governo para conseguir aprovar a reforma da Previdência no Congresso.