Economia
Bovespa recua com cautela por situação fiscal; exterior limita perdas
Na véspera, índice subiu 0,7%, aos 73.115 pontos
O principal índice da bolsa paulista tinha leves variações o pregão desta terça-feira (19), com investidores adotando alguma cautela diante de preocupações com a situação fiscal do país, enquanto o exterior tinha um viés mais favorável, à espera da aprovação de uma reforma tributária nos Estados Unidos.
Às 12h20, o Ibovespa caía 0,5%, a 72.748 pontos.
As ações da Oi operam em forte alta. Por volta do mesmo horário, a ação PN operava com ganhos de 1,44%, a R$ 3,52, enquanto a ON subia 7,69%, a R$ 3,92. Nesta terça-feira, ocorre a assembleia de credores para votar o plano de recuperação judicial.
Na véspera, o índice subiu 0,7%, aos 73.115 pontos.
Os receios com o ajuste fiscal no Brasil voltaram a crescer após o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspender por meio de liminar efeitos da medida provisória que adiava reajuste de servidores federais e fixava alíquota de contribuição social progressiva para os servidores.
"Mais um golpe no ajuste fiscal, já que as medidas deveriam trazer uma economia de 4,4 bilhões de reais no próximo ano", escreveram analistas da corretora Coinvalores em nota a clientes.
A medida vem após o adiamento da votação da reforma da Previdência para o próximo ano, o que aumenta os receios de um novo rebaixamento em breve da nota de crédito do Brasil pelas agências de classificação de risco. Na quinta-feira, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, conversará com as agências para falar sobre a reforma da Previdência.
Na véspera, o otimismo com o avanço da reforma tributária nos Estados Unidos amparou a retomada por apetite a risco, levando o Ibovespa a fechar em alta de 0,7 por cento. E nesta sessão a perspectiva de aprovação da medida segue limitando os efeitos negativos sobre o Ibovespa da preocupação com a situação fiscal brasileira.
Para esta terça-feira, é esperado que a Câmara dos Deputados dos EUA vote a proposta da reforma, que deve ser apreciada na sequência, ainda nesta terça-feira ou na quarta-feira, pelo Senado. Desta forma, a expectativa é que a medida seja sancionada pelo presidente Donald Trump até o fim desta semana.
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