Economia

Bovespa cai pelo quinto dia com receios por política, em dia de leilões

Na véspera, índice fechou em queda de 0,17%, a 74.318 pontos

Por Fonte: G1 27/09/2017 16h29
Bovespa cai pelo quinto dia com receios por política, em dia de leilões
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da bolsa paulista engatava o quinto pregão de queda nesta quarta-feira (27), com o movimento de ajuste ganhando respaldo nas preocupações com a cena política, enquanto investidores repercutiam os leilões de áreas de petróleo e gás e de hidrelétricas que pertenciam à Cemig.

Às 15h30, o Ibovespa caía 0,68%, a 73.812 pontos.

Destaques do dia

Perto do mesmo horário, a Cemig operava no vermelho, perdendo mais de 2% nas ações ordinárias e mais de 1% nas preferenciais, em mais uma sessão volátil para os papéis da empresa, com investirdes digerindo o resultado do leilão das hidrelétricas que pertenceram à elétrica mineira, mas cujos contratos venceram e não foram renovados. A elétrica mineira chegou a se habilitar para a disputa por meio da Aliança, uma joint venture com a mineradora Vale, mas não apresentou nenhuma proposta.

Petrobras também caía, em sessão de fraqueza para os preços do petróleo no mercado internacional, segundo a Reuters, e de leilão de áreas de petróleo no Brasil.

Vale tinha dia de sobe e desce, em dia marcado por ganhos dos contratos futuros do minério de ferro na China, ainda segindo a Reuters.

Cenário local e externo

O governo federal arrecadou R$ 12,13 bilhões com o leilão de quatro usinas hidrelétricas antes operadas pela Cemig, frente a um mínimo de R$ 11 bilhões estimado se as usinas fossem arrematadas sem ágio. Já o leilão de blocos de óleo de gás garantiu uma arrecadação de mais de R$ 3,84 bilhões em bônus, segundo a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O movimento de ajuste no Ibovespa, que na semana passada fechou pela primeira vez na história nos 76 mil pontos, ocorre em um momento de cautela em relação ao avanço de reformas no Congresso Nacional, principalmente a da Previdência, em meio ao andamento da denúncia contra o presidente Michel Temer.

No exterior, o mercado aguarda o anúncio do presidente norte-americano, Donald Trump, nesta tarde, sobre a reforma tributária.