Economia

Bovespa avança nesta sexta pelo quinto dia seguido

Na véspera, o Ibovespa fechou em alta de 0,53%, a 65.178 pontos

Por G1 14/07/2017 16h19
Bovespa avança nesta sexta pelo quinto dia seguido
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da bolsa paulista avança nesta sexta-feira (14), após quatro pregões seguidos de alta, apoiando-se em papéis de bancos e ações atreladas a commodities, especialmente Vale e Petrobras, enquanto investidores digerem o agitado noticiário político e aguardam novos desdobramentos em Brasília.

Às 16h10, o Ibovespa subia 0,14%, a 65.274 pontos.

Os papéis da Vale e Petrobras operavam em alta, perto do mesmo horário. Itaú Unibanco e Bradesco também avançavam.

As ações ordinárias da MRV ON subiam quase 3% e estavam entre os destaques positivos do Ibovespa, após a construtora de imóveis populares informar alta de 11,9% nas vendas líquidas contratadas no segundo trimestre ante igual período do ano passado, enquanto os lançamentos subiram 18,6% no período, a R$ 1,33 bilhão, lembra a Reuters.

Segundo analistas do Credit Suisse, os números do período foram positivos e indicam que a empresa caminha para alcançar ou até superar a estimativa do banco para os lançamentos.

O papéis preferenciais da Cemig avançavam 2,61%. No radar estava o acordo fechado pela empresa para transferência de participações societárias detidas nas Transmineiras para a Taesa.

Cenário interno

Operadores não descartam a possibilidade de algum movimento de ajuste ao longo da sessão ou nos próximos dias, segundo a Reuters.

O Ibovespa vem subindo a cinco pregões consecutivos, atingindo o melhor patamar desde o início da crise política, em meados de maio.

O desempenho positivo ao longo desta semana veio na esteira de uma série de notícias no front político, com destaque para a aprovação da reforma trabalhista e a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O cenário externo mais favorável a ativos de risco também contribuiu para as recentes altas, destaca a agência de notícias.

No cenário político, o plenário da Câmara dos Deputadosdeixou para 2 de agosto a votação da autorização para que o presidente Michel Temer possa ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal por corrupção passiva. Na quinta-feira, o Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara rejeitou o parecer do deputado Serio Zveiter (PMDB-RJ) que recomendava a autorização, e depois aprovou um outro parecer contrário à denúncia de Temer.

"Com isso, o governo ganha tempo para seduzir parlamentares, mas também corre o risco de delações e de nova denúncia. De qualquer forma, o recesso parlamentar tenta suavizar a crise política que segue grave", escreveu o economista-chefe da corretora Modalmais, Alvaro Bandeira.

Última sessão

O Ibovespa fechou em alta de 0,53%, a 65.178 pontos, engatando o quarto pregão seguido de ganhos, com destaque para a forte alta das ações da JBS depois que a processadora de carnes recebeu autorização da Justiça para vender ativos no Mercosul.