Economia
Dólar opera em queda com exterior nesta quarta, de olho em cena política
Na véspera, a moeda norte-americana teve variação positiva de 0,15%, vendida a R$ 3,3102
A cautela dos investidores, no entanto, continuava por conta da cena política delicada, após o presidente Michel Temer ser denunciado por crime de corrupção passiva com delações de executivos do grupo J&F. Assim, o dólar rondava o patamar de R$ 3,30 há dias.
Às 15h29, a moeda norte-americana caía 0,28%, a R$ 3,3008 na venda.
A cena política não saía do radar, com algum alívio nesta sessão após a aprovação, na noite passada, do regime de urgência para a votação da reforma trabalhista no Senado, que deve ocorrer na próxima semana.
O mercado já embutiu nos preços a aprovação dessa reforma, mas o foco principal é o andamento da reforma da Previdência, considerada essencial para colocar as contas públicas do país em ordem, segundo a Reuters.
"O placar da reforma trabalhista foi bom (46 a 19 votos)", disse à Reuters o operador da distribuidora de títulos e valores mobiliários Ourominas Ademar Vitor Pereira Mendes.
Os investidores também aguardavam a votação na Câmara dos Deputados da denúncia contra Temer, que dará aval ou não para o Supremo Tribunal Federal (STF) prosseguir com o processo. Na véspera, o deputado Sergio Zveiter (PMDB-RJ) foi escolhido como relator da denúncia.
"Não era o preferido do Planalto para conduzir esse processo, mas está muito longe de ser um oposicionista ao governo Temer", afirmou a Coinvalores em relatório. "Ao que tudo indica, o presidente terá apoio suficiente para que o processo de denúncia não prospere."
Cenário externoNo exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas e divisas de países emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano. Durante a tarde, foi divulgado a ata da reunião de política monetária do banco central dos Estado Unidos em 13 e 14 de junho.
Os detalhes do encontro, no qual o Fed votou pela alta dos juros, mostraram que várias autoridades queriam anunciar o início do processo de redução da carteira do Fed de Treasuries e títulos lastreados em hipotecas até o final de agosto, mas outros queria aguardam até mais tarde.
A votação por 8 a 1 no mês passado elevou a taxa de juros referencial em 0,25 ponto percentual, terceira alta em seis meses, e sinalizou a confiança do Fed na economia dos EUA e nos eventuais efeitos inflacionários do emprego baixo.
Banco CentralO Banco Central não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio, por ora. Em agosto, vencem US$ 6,181 bilhões em swap cambial tradicional --equivalente à venda futura de dólares.
Na véspera, a moeda norte-americana teve variação positiva de 0,15%, vendida a R$ 3,3102.
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