Economia

Bovespa fecha estável com pressão de petróleo e cautela política

Ibovespa fechou com variação negativa de 0,01%, a 60.761 pontos

Por G1 21/06/2017 20h46
Bovespa fecha estável com pressão de petróleo e cautela política
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da bolsa paulista fechou praticamente estável nesta quarta-feira (21), com a tentativa de recuperação ofuscada pela pressão dos preços do petróleo e pelas perdas nas ações do setor de educação, que tiraram força de um mercado já cauteloso diante da cena política, destaca a Reuters.

O Ibovespa fechou com variação negativa de 0,01%, a 60.761 pontos, após cair 2,01% na véspera.

O índice trocou de sinal algumas vezes ao longo do dia, mas não registrou movimentos muito fortes, tendo subido 0,69% na máxima e recuado 0,37% na mínima do dia, segundo a Reuters.

Destaques do dia

Petrobras PN caiu 1,85% e Petrobras ON recuou 1,77%, revertendo os ganhos vistos mais cedo, acompanhando os preços do petróleo que fecharam com perdas superiores a 2%.

Estácio Participações ON caiu 7,28% e liderou a ponta negativa do Ibovespa, diante de receios quanto à fusão com a Kroton ON, que perdeu 3,54%.

JBS ON avançou 5,32%, a despeito do noticiário negativo para a empresa neste pregão, com a Justiça Federal de Brasília proibindo uma negócio de US$ 300 milhões com a Minerva e a Advocacia-Geral da União (AGU) pedindo ao Tribunal de Contas da União (TCU) para bloquear os bens da JBS e de seus sócios. As ações da Minerva, que não fazem parte do Ibovespa, caíram 1,6%.

Vale PNA subiu 3,49% e Vale ON teve alta de 2,96%, após as perdas da véspera e em sessão de ganho para os contratos futuros do minério de ferro na China.

Cenário político

A crise que atinge o Planalto desde a divulgação de conversa entre um dos sócios da JBS e o presidente Michel Temer tem deixado o mercado instável, com receios, principalmente, sobre o impacto no andamento das reformas no Congresso Nacional.

"Se fosse pela economia, (o mercado acionário) estaria de bom para razoável", disse à Reuters o gestor da mesa de operações de Bovespa da corretora Coinvalores Marco Tulli Siqueira.

Na véspera, o governo sofreu uma derrota ao ter o parecer oficial do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) sobre a reforma trabalhista rejeitado pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado.

Apesar do revés, o líder do governo e relator da reforma trabalhista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), apresentou nesta quarta-feira parecer pela constitucionalidade da proposta, previsto para ser votado na próxima quarta-feira pelo colegiado.