Economia

Bovespa opera em queda nesta terça, de olho no cenário político

Na véspera,o índice fechou em queda de 0,48%, a 61.626 pontos

Por G1 20/06/2017 16h14
Bovespa opera em queda nesta terça, de olho no cenário político
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da Bovespa opera em forte queda nesta terça-feira (20), diante de preocupações com o cenário político e com pressão de ações da Petrobras e da Vale em meio ao enfraquecimento de commodities, de acordo com a Reuters. A bolsa reage à rejeição do relatório da reforma trabalhista pela Comissão de Assuntos Sociais no Senado.

Às 15h29, o Ibovespa caía 1,64%, aos 60.994 pontos.

Destaques

Perto do mesmo horário, as preferenciais da Petrobras caíam 2,77% e as da Vale recuavam 2,54%. Estácio e JBS lideravam as baixas do dia, com desvalorização ao redor de 6% e 5%, respectivamente.

Na outra ponta, as ações da Ambev ocupavam o topo das maiores altas, com avanço acima de 1%.

Cenário político

No mais recente escândalo político, a Polícia Federal devolveu parte do inquérito contra Temer ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediu ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato na Corte, mais prazo para concluir a investigação.

Diante das incertezadas causadas pelo cenário, investidores monitoram o andamento das reformas no Congresso Nacional.

A Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado rejeitou nesta terça, por 10 votos a 9, o relatório da reforma trabalhista elaborado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), que era favorável ao texto aprovado pela Câmara.

O resultado representa uma derrota para o governo Michel Temer. A reforma trabalhista, junto com a da Previdência, é vista pelo mercado como condicionante para que a economia retome.

No lugar do parecer de Ferraço, a comissão aprovou um texto alternativo, do senador oposicionista Paulo Paim (PT-RS), que recomenda a rejeição integral da reforma.

Apesar de o texto do governo ter sido rejeitado na Comissão de Assuntos Sociais, a reforma trabalhista ainda vai passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, por fim, pelo plenário do Senado.

Ainda na agenda política, os investidores acompanham o andamento do julgamento do pedido de prisão contra o senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG), formulado pela Procuradoria-Geral da República, também no STF.