Economia
Bovespa fecha em alta nesta sexta e avança 2,3% na semana
Ibovespa subiu 1,36% nesta sexta-feira (26; na semana, o índice acumulou ganhos de 2,3%
O Ibovespa subiu 1,36%, a 64.085 pontos.
Na semana, o índice acumulou ganhos de 2,3%, devolvendo parte da perda de mais de 8%registrada na semana passada.
Perto do fechamento, a alta do Ibovespa chegou a perder parte do fôlego, após a renúncia da presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Maria Silvia Bastos Marques, mas voltou a ganhar força nos ajustes, destaca a agência Reuters.
Além disso, a agência de classificação de risco Moody's informou após o fim do pregão que mudou a perspectiva de rating do Brasil para "negativa" ante "estável" por causa da incerteza gerada pela crise política.
JBS cai 6%As ações da JBS recuaram 6,09%, em mais uma sessão agitada para os papéis e marcada por leilões ao longo do pregão. Na véspera, os papéis subiram 22,56%, com investidores aproveitando as baixas cotações e também em meio à expectativa por venda de ativos. A diretoria da Sociedade Rural Brasileira (SRB) enviou uma carta ao BNDES defendendo saída dos irmãos Joesley e Wesley Batista do conselho de administração da empresa de alimentos.
Petrobras PN caiu 0,44%, enquanto Petrobras ON ganhou 0,62%.
Itaú Unibanco PN subiu 2,71% e Bradesco PN avançou 2,31%, ajudando o viés de alta do Ibovespa devido ao peso em sua composição. Banco do Brasil ON liderou os ganhos do setor bancário, com alta de 4,15% e Santander Unit avançou 2,83%.
Cenário políticoO governo segue tentando transmitir a ideia de normalidade, com andamento da agenda de reformas no Congresso, apesar da forte crise que abala o Planalto desde a semana passada diante de denúncias contra o presidente Michel Temer após a divulgação de conversa entre Temer e um dos sócios da JBS, destaca a Reuters.
"O recente escândalo político tem o potencial de tirar a recuperação do Brasil dos trilhos", disse o estrategista em mercados emergentes do banco de investimentos Julius Baer, Heinz Ruettimann, em nota a clientes.
A equipe do banco avalia que se a implementação das reformas for adiada, diluída ou interrompida, as expectativas dos investidores sobre a gestão Temer diminuiriam e ameaçariam o ciclo de flexibilização monetária. "Isso, no fim, seria negativo para o crescimento (da economia)", escreveu Ruettimann.
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