Economia

Bovespa recua com pressão de commodities e cautela sobre Previdência

Na véspera, o Ibovespa caiu 0,94%, a 66.093 pontos

Por G1 04/05/2017 16h17
Bovespa recua com pressão de commodities e cautela sobre Previdência
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da Bovespa opera em queda nesta quinta-feira (4), pressionado pelas perdas de commodities no mercado internacional e com a percepção de que o governo deve enfrentar dificuldades para aprovar a reforma da Previdência no Plenário da Câmara dos Deputados, segundo a Reuters.

Às 14h26, o Ibovespa, principal indicador da Bolsa de São Paulo, caía 2%, a 64.773 pontos.

Na noite passada, a comissão especial da reforma da Previdência da Câmara aprovou o texto-base, com voto favorável de 23 dos 37 integrantes, placar que não indica uma vitória com folga mais à frente na votação em plenário, onde são necessários 308 votos favoráveis em dois turnos de votação.

"A votação (em plenário) não está marcada, mas novas concessões deverão ser feitas para que se consiga o mínimo de votos", escreveram analistas da corretora Lerosa Investimentos, acrescentando que essa apreensão pode pesar sobre o ânimo dos investidores nos próximos pregões.

Destaques

Vale recuava mais de 3%, ampliando as perdas da véspera em mais um dia de quedas para os contratos futuros do minério de ferro na China, que fecharam com a maior perda diária desde meados de novembro.

Petrobras também recuava mais de 3%, em linha com o movimento dos preços do petróleo no mercado internacional, que recuavam após dados mostrarem uma queda menor que a esperada nos estoques da commodity nos Estados Unidos.

Cemig, CSN e Usiminas lideravam as baixas com queda de mais de 4%.

Gerdau era outro destaque de baixa, tendo como pano de fundo o balanço trimestral e o recuo de commodities metálicas na China. A empresa teve prejuízo líquido ajustado de R$ 34 milhões no primeiro trimestre.

Ambev avançava, liderando as altas do Ibovespa com valorização de mais de 2%. A empresa divulgou queda de 20,1% no lucro líquido ajustado, mas analistas do Credit Suisse ponderam que pode ser o primeiro trimestre de melhora sequencial em tendências de participação de mercado e que as pressões de custos devem diminuir gradualmente, assim como veem chance de recuperação em margens.

Na véspera, o Ibovespa caiu 0,94%, a 66.093 pontos. No ano, o índice acumula alta de 9,74%.