Economia

Quase US$ 3 bilhões ingressam no país no começo de abril

Entrada de moeda estrangeira no Brasil, em tese, leva a uma queda do dólar ante o real

Por G1 12/04/2017 17h58
Quase US$ 3 bilhões ingressam no país no começo de abril
Reprodução - Foto: Assessoria

Os dólares continuaram entrando na economia brasileira no começo de abril, informou o Banco Central nesta quarta-feira (12).

Na primeira semana deste mês, o ingresso de dólares na economia brasileira superou a retirada de valores em US$ 2,95 bilhões. Em março, US$ 2,87 bilhões já haviam ingressado no país.

No acumulado deste ano, até a última sexta-feira (7), a entrada de recursos também foi superior à saída, em US$ 4,92 bilhão. No mesmo período de 2016, US$ 7,74 bilhões saíram na economia brasileira.

Impacto no dólar

A entrada de dólares no começo de abril favoreceria, em tese, a desvalorização da moeda em relação ao real. Isso porque, com mais dólares no mercado, seu preço tenderia a cair. Na parcial deste mês, porém, o dólar registrou pequena alta.

No fim de março, o dólar estava cotado a R$ 3,13 e nesta quarta-feira (12), por volta das 12h30, foi negociado a R$ 3,14.

Segundo analistas, além do fluxo de dólares, outros fatores influenciam a cotação da moeda norte-americana, como o cenário externo (com a alta dos juros nos Estados Unidos, que tende a atrair capital para aquela economia e pressionar o valor do dólar sobre o real) e o cenário político no Brasil (com o andamento das reformas no Congresso Nacional e as denúncias da Lava Jato).

Nos últimos dias, tensões políticas, com investidores adotando cautela diante da abertura de inquéritos contra ministros, parlamentares e outras autoridades no âmbito da operação Lava Jato, têm influenciado o movimento do dólar e da bolsa de valores.

Interferência do BC

Outro fator que influencia a cotação do dólar são as operações de swap cambial, que funcionam como uma venda futura de dólares, ou de "swaps reversos", que funcionam como uma compra de dólares no mercado futuro.

Nestas operações, o BC faz oferta de dólares para tentar controlar a cotação da moeda e impedir grandes oscilações. Além disso, essas operações servem para oferecer garantia (hedge) a empresas contra a valorização do moeda.