Economia

Bovespa fecha em queda de 1,18% nesta sexta, mas sobe 3% no mês

Ações da Petrobras puxaram a queda do principal índice da bolsa

Por G1 24/02/2017 19h45
Bovespa fecha em queda de 1,18% nesta sexta, mas sobe 3% no mês
Reprodução - Foto: Assessoria
O principal índice da bolsa fechoum em queda nesta sexta-feira (24), com a queda em commodities e a cautela política guiando o movimento de ajuste na última sessão de fevereiro e antes do feriado de carnaval. O noticiário corporativo, em meio a divulgação de balanços, concentrava a atenção dos investidores, segundo a Reuters.

O Ibovespa encerrou o dia em 66.662 pontos, queda de 1,18%.

Na semana, o índice caiu 1,6%, mas acumulou ganho de de 3,08% no mês. O giro financeiro na sessão somou 8,35 bilhões de reais.

"O mercado está bastante esticado, então os grandes players acabam realizando um pouco... É um movimento normal e precisa dar essa correção para que outros investidores, receosos com o alto patamar, voltem ao mercado", disse à Reuters o gerente de renda variável da H.Commcor, Ari Santos.

Destaques

A Vale terminou o pregão em queda. O papéis ordinários recuaram 1,36% e os prefenciais, 0,44%. Pouco antes da abertura do pregão, a mineradora anunciou que seu diretor-presidente, Murilo Ferreira, não renovará o seu contrato que termina em 26 de maio deste ano.

As ações ordinárias da Petrobras ficaram entre as maiores baixas, com recuo de 3,16%, enquanto as preferenciais caíram 2,44%, acompanhando o movimento negativo do petróleo no mercado internacional. A commodity caía após os estoques dos Estados Unidos subirem pela sétima semana consecutiva.

Entre os destaques positivos do pregão ficaram as ações preferenciais da Gerdau, que subiram 2,63%. Na outra ponta, as ações ordinárias da Ecorodovias caíram 4,77% e as da Renner, 3,91%.

Cenário local

O ruído político ganhou força com notícias envolvendo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. De acordo com o jornal Folha de S.Paulo, o empresário José Yunes, que é amigo de Temer e foi seu assessor especial até o ano passado, disse a interlocutores que recebeu um pacote em seu escritório a pedido de Padilha.

Yunes deixou o cargo de assessor especial do presidente Michel Temer depois de ser citado na delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht, na Lava Jato como tendo recebido em seu escritório, em dinheiro vivo, parte de repasse de 10 milhões de reais que teriam sido solicitados por Temer ao então presidente da empreiteira, Marcelo Odebrecht.

As preocupações envolvendo o núcleo do governo ganham força um dia após notícias de ruptura dentro do PMDB. Na quinta-feira, o vice-presidente da Câmara, o deputado Fábio Ramalho (MG) declarou que iria "romper" com o governo após a informação de que o deputado Osmar Serraglio (PMDB-PR) seria anunciado como novo ministro da Justiça.

"Temer precisará melhorar a sua articulação dentro do próprio PMDB, visando à aprovação de reformas à frente, após espécie de racha do PMDB de Minas Gerais", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes, segundo a Reuters.

Véspera

Na quinta-feira, o Ibovespa caiu 1,64%, a 67.461 pontos, em movimento de ajuste e com as ações da Natura liderando a ponta negativa, após divulgação do resultado do quarto trimestre.