Economia

Dólar opera em queda e chega a R$ 3,10 com otimismo sobre comércio da China

No dia anterior, a moeda fechou em alta de 0,33%, a R$ 3,1299

Por G1 10/02/2017 15h39
Dólar opera em queda e chega a R$ 3,10 com otimismo sobre comércio da China
Reprodução - Foto: Assessoria
O dólar opera em queda em relação ao real nesta sexta-feira (10), seguindo a tendência das moedas emergentes no exterior depois que a China divulgou dados bastante robustos da sua balança comercial, dando força às commodities e a seus vendedores, como o Brasil.

A queda do dólar é limitada, no entanto, pelas incertezas após o anúncio do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que deve anunciar em breve algo "fenomenal" em termos de impostos. No Brasil, a cautela em relação ao cenário político também segue sob as atenções do mercado.

Às 15h39, o dólar recuava 0,64%, a R$ 3,1098 na venda, depois de ter fechado na véspera em alta de 0,33%, a R$ 3,1299.

Cenário externo

"Os dados da China animaram os emergentes, que deixaram Trump (presidente dos Estados Unidos, Donald Trump) um pouco de lado", resumiu à Reuters um operador de câmbio de uma corretora local.

Segundo a agência, a China apresentou dados comerciais melhores do que o esperado para janeiro, uma vez que a demanda acelerou tanto no país quanto no exterior, início encorajador de 2017 mesmo que os exportadores asiáticos estejam se preparando para um aumento do protecionismo por parte dos Estados Unidos.

As exportações em janeiro avançaram 7,9% sobre o ano anterior, bem melhor do que o esperado por analistas consultados pela Reuters, que projetavam alta de 3,3%.

No exterior, o dólar caía em relação a moedas de países emergentes, como o peso mexicano e o rand sul-africano, mas subia ante uma cesta de moedas.

De olho no BC

Mais uma vez, o Banco Central não anunciou qualquer interferência no câmbio.

"A balança chinesa é a variável nova do mercado, mas não significa que seus efeitos vão durar o dia todo. O mercado está ansioso por um posicionamento do Banco Central sobre o swap", disse o economista-chefe da corretora BGC Liquidez, Alfredo Barbutti, à Reuters.

Ele se referia ao fato de o BC brasileiro não ter dado sinalização sobre a rolagem dos contratos de swaps tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares - de março, equivalentes a cerca de US$ 7 bilhões.

Essa expectativa pela atuação do BC pode conter o movimento de baixa do dólar nesta sessão, da mesma forma que a cautela com a cena política doméstica.