Economia

Maceió é 13ª capital com a cesta básica mais cara, aponta Dieese

Em Maceió, o valor médio da cesta corresponde a R$ 391,26

Por Ascom / Fecomércio-AL 08/02/2017 16h30
Maceió é 13ª capital com a cesta básica mais cara, aponta Dieese
Reprodução - Foto: Assessoria

Maceió tem 13ª cesta básica mais cara entre as capitais, conforme publicação do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), na terça-feira (7). Segundo o Departamento, o custo de produtos básicos ligados à alimentação essencial diminuiu em 20 das 27 capitais pesquisadas. Em Maceió, o valor médio da cesta corresponde a R$ 391,26. Para quem recebe um salário mínimo (R$ 937,00), o valor da cesta básica equivale a 45,39% do salário líquido, ou seja, considerando o desconto dos impostos. A compra dessa cesta representa 91 horas de trabalho.

De acordo com o assessor econômico da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Alagoas (Fecomércio AL), Felippe Rocha, Maceió, apresenta a maior variação dos últimos 12 meses dos preços da cesta básica com a taxa de 15,99%. Seguida de Fortaleza (11,89%) e Belém (8,52%). “A explicação se deve ao aumento dos preços do café, óleo de soja, farinha de mandioca, feijão, leite integral e batata, produtos essenciais na cesta dos brasileiros”, observou o economista.

Felippe afirmou que o café, ao longo de 2016, aumentou em média 13,65%. Já o óleo de soja, registrou um crescimento no valor de até 22% e a farinha de mandioca de 35%, nas capitais do Norte e Nordeste.

A Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio também realiza coleta mensal de preços na capital de Alagoas. Por não haver os dados do Índice de Preços de janeiro, a Fecomércio não comparou os últimos 12 meses, mas apenas do ano inteiro de 2016. Dessa forma, o preço médio da cesta básica, em janeiro de 2016, foi de R$ 302,42. Enquanto que, o preço computado em dezembro do mesmo ano passou para R$ 329,12, ou seja, um acréscimo de 8,82% ao longo de 2016. “Se atualizarmos para o salário mínimo líquido de 2017 (R$ 862,04), o trabalhador acaba comprometendo cerca de 38,17% de sua renda”, declarou o assessor da Federação.

Segundo a Secretaria, os vilões do aumento da cesta básica seriam o feijão (26,49%), seguido pelo açúcar (20,53%) e o arroz (19,42%) ao longo do ano de 2016. “A influência do aumento foi devido às secas que assolam o Nordeste e ao aumento dos custos de transporte e distribuição das mercadorias”, explicou.

Ao considerar o levantamento do Dieese, a cesta básica mais cara está em Porto Alegre (RS), em média, R$ 453,67. O menor custo está em Rio Branco, por cerca de R$ 335,15.