Economia

Bovespa fecha em queda após decisão do Fed e de olho em cenário político

Ibovespa, principal indicador da bolsa, caiu 1,8%, a 58.212 pontos

Por G1 14/12/2016 21h46
Bovespa fecha em queda após decisão do Fed e de olho em cenário político
Reprodução - Foto: Assessoria

A Bovespa fechou em queda nesta quarta-feira (14), com operadores mantendo cautela diante da instabilidade do cenário político nacional e após o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) decidir voltar a elevar os juros nos Estados Unidos, confirmando a expectativa do mercado. O Ibovespa, principal indicador da bolsa, caiu 1,8%, a 58.212 pontos.

Na semana, a bolsa acumula queda de 3,78% e no mês, de 5,97%. No ano, há alta de 34,29%.

Nesta quarta, a sessão ainda foi marcada por vencimento de opções sobre o Ibovespa e do índice futuro (tipo de investimento envolvendo valores futuros, considerado de maior risco).

Cenário externo e político

Confirmando as expectativas do mercados, o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) decidiu nesta quarta-feira elevar as taxas de juros para a faixa entre 0,5 e 0,75%, contra 0,25 a 0,5% atualmente. A decisão foi tomada por todos os membros do Comitê de Política Monetária do Fed (FOMC).

No cenário político, as atenções se voltam ao Congresso Nacional, que começa a avaliar a proposta de reforma da Previdência. A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara dos Deputados pode votar nesta quarta-feira a admissibilidade da proposta de reforma da Previdência, o primeiro passo da tramitação da medida na Câmara. Se o parecer for aprovado, será criada uma comissão especial para analisar o mérito.

Além das discussões sobre a medida que altera a Previdência, a política também segue no radar com a expectativa pelo pacote de medidas que o governo do presidente Michel Temer prepara para tentar reaquecer a economia. A expectativa é que o pacote seja anunciado na quinta-feira, segundo o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles.

As medidas terão foco na desburocratização, aumento de produtividade e facilitação da aprovação e tomada de crédito e não envolvem linhas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), segundo o ministro.