Economia

Alagoas tem maior diferença entre expectativa de vida de homens e mulheres

São 9,5 anos que separam esperança ao nascer masculina (66,5) e feminina (76,1)

Por Tribuna Hoje com IBGE 01/12/2016 16h05
Alagoas tem maior diferença entre expectativa de vida de homens e mulheres
Reprodução - Foto: Assessoria

Atualizada às 17h16

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (1º) as Tábuas Completas de Mortalidade do Brasil de 2015. Os dados colocam Alagoas com a maior diferença (9,5 anos) entre a expectativa de vida comparando-se os números de homens e mulheres. Os dados masculinos também chamam atenção, pois o Estado tem o pior número do país com 66,5 anos. A expectativa das mulheres alagoanas é de 76,1 anos e é a sétima pior do Brasil.

Os dados de mortalidade infantil continuam colocando Alagoas entre os estados com piores números. Alagoas é o terceiro pior estado com relação à mortalidade com 20,86 mortes a cada mil nascimentos. O estado só fica atrás do Amapá (23,45) e Maranhão (22,37).  Como comparativo, o Espírito Santo tem o melhor resultado, com 9,19, ainda bastante atrás de países mais desenvolvidos onde esse número é 2, em média, a cada mil nascimentos. A média do Brasil foi 13,82 em 2015.

Quanto à expectativa de vida geral, Alagoas fica empatado com Roraima com o quarto número mais baixo, 71,2 anos.

A expectativa para homens em Alagoas (66,5) fica bastante abaixo da média brasileira (71,9), uma diferença de 5,4 anos. Já as mulheres no Estado (76,1) ficam um pouco mais perto da média nacional (79,1), três anos de diferença. O comparativo entre os dois sexos colocou Alagoas com o pior dado, 9,5 anos a menos de expectativa dos homens ante a média feminina.

Expectativa no país

Em 2015, a unidade da federação com a maior expectativa de vida ao nascer foi Santa Catarina (78,7 anos), que também apresentou a maior esperança de vida para os homens (75,4) e para as mulheres (82,1). No outro extremo, estão o Maranhão, com a menor expectativa de vida ao nascer para ambos os sexos (70,3 anos), Alagoas, com a menor esperança de vida para os homens (66,5 anos), e Roraima, com a menor para as mulheres (74,0 anos). A maior diferença entre as expectativas de vida entre homens e mulheres foi verificada em Alagoas, 9,5 anos a favor das mulheres, seguido da Bahia (9,1 anos) e Sergipe (8,4 anos).

Esperança ao nascer aumenta 30 anos de 1940 a 2015 no Brasil

De 1940 a 2015, a esperança de vida ao nascer para ambos os sexos passou de 45,5 anos para 75,5 anos, um aumento de 30 anos. No mesmo período, a taxa de mortalidade infantil caiu de 146,6 óbitos por mil nascidos vivos para 13,8 óbitos por mil, uma redução de 90,6%.

Todas as idades foram beneficiadas com a diminuição dos níveis de mortalidade, principalmente as idades mais jovens, nas quais se observam os maiores aumentos nas expectativas de vida, com maior intensidade na população feminina. Em 1940, um indivíduo ao completar 50 anos tinha uma expectativa de vida de 19,1 anos, vivendo em média 69,1 anos. Com o declínio da mortalidade neste período, um mesmo indivíduo de 50 anos, em 2015, tem uma expectativa de vida de 30,2 anos e consequentemente uma vida média de 80,2 anos, vivendo em média 11 anos a mais do que um indivíduo da mesma idade em 1940.