Economia
Dólar opera em queda em relação ao real, de olho no cenário político
Na sexta, a moeda encerrou o dia em alta de 0,58%, a R$ 3,4135
O dólar opera em queda em relação ao real nesta segunda-feira (28), acompanhando a tendência da moeda no exterior e com o mercado avaliando algum alívio no cenário político depois da queda de mais um ministro do governo do presidente Michel Temer.
Às 16h09, a moeda norte-americana caía 0,68%, vendida a R$ 3,3904.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h19, queda de 0,49%, a R$ 3,3968 Às 10h39, queda de 0,33%, a R$ 3,4021 Às 11h10, queda de 0,35%, a R$ 3,4017 Às 12h, queda de 0,32%, a R$ 3,4027 Às 13h39, queda de 0,5%, a R$ 3,3964 Às 14h30, queda de 0,19%, a R$ 3,4071 Às 15h19, queda de 0,66%, a R$ 3,3904 "A pressão compradora de sexta-feira deve diminuir hoje com uma aliviada na crise política. Mas não há espaço muito grande para ceder", comentou o diretor da mesa de câmbio da corretora Multi-Money, Durval Correa, à Reuters.
O temor dos mercados veio porque a avaliação era de que, com mais uma crise política, importantes medidas econômicas que precisam da aprovação do Congresso Nacional poderiam não sair do papel. Segundo a Reuters, o mercado ainda não chegou a um denominador comum sobre a crise e, por isso, a cautela deve imperar no curto prazo. "O mercado monitora o assunto e seus efeitos", comentou um operador da mesa de câmbio de uma corretora nacional.
Crise política
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou em depoimento à Polícia Federal que Temer o pressionou para encontrar uma "saída" para o caso de uma obra de interesse do agora ex-ministro da Secretaria de Governo Geddel Vieira Lima, que pediu demissão por conta da denúncia.
No domingo (27), Temer saiu a campo para tentar aliviar os ânimos dos agentes econômicos e, junto com os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que o governo fez um acordo com o Congresso para evitar a tramitação de uma proposta de anistia ao caixa 2 eleitoral, que estava sendo gestada na Câmara.
Cenário externo
No exterior, o dólar recuava frente a outras moedas emergentes, como os pesos mexicano e chileno. O movimento era considerado uma correção após as fortes altas com a surpreendente vitória de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos.
A maioria dos analistas, no entanto, disse à Reuters que a queda do dólar não deve ser interpretada como qualquer tipo de reavaliação da perspectiva dos EUA, mas sim como uma correção de movimentos anteriores da moeda.Intervenção do BC
A ausência do Banco Central brasileiro no mercado de câmbio também pode ajudar a conter um pouco a queda do dólar neste pregão, segundo alguns profissionais. A autoridade monetária concluiu a rolagem dos swaps tradicionais, equivalente à compra futura de dólares, de dezembro no último dia 22 e depois não fez novas intervenções.
Último fechamento
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (25), mas longe das máximas do dia após o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vedeira Lima pedir demissão do cargo. A moeda chegou a subir mais de 2% diante do noticiário político conturbado, depois que o presidente Michel Temer foi citado em depoimento à Policia Federal pelo ex-ministro Marcelo Calero.
A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,58%, a R$ 3,4135, depois de bater R$ 3,4694 na máxima do dia. Na semana, o dólar subiu 0,78%.
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