Economia
Dólar fecha em alta nesta sexta-feira, de olho no cenário político
Mas a alta perdeu força à tarde após demissão de Geddel e nota de Calero
O dólar fechou em alta nesta sexta-feira (25), mas longe das máximas do dia após o ministro da Secretaria de Governo Geddel Vedeira Lima pedir demissão do cargo. Mais cedo, a moeda chegou a subir mais de 2% diante do noticiário político conturbado, depois que o presidente Michel Temer foi citado em depoimento à Policia Federal pelo ex-ministro Marcelo Calero.
A moeda norte-americana encerrou o dia em alta de 0,58%, a R$ 3,4135, depois de bater R$ 3,4694 na máxima do dia. Na semana, o dólar subiu 0,78%.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, alta de 0,919%, a R$ 3,4251 Às 9h30, alta de 1,59%, a R$ 3,448 Às 9h39, alta de 1,98%, a R$ 3,461 Às 10h19, alta de 1,27%, a R$ 3,437 Às 11h09, alta de 1,05%, a R$ 3,4296 Às 11h49, alta de 1,05%, a R$ 3,4296 Às 12h20, alta de 0,95%, a R$ 3,419 Às 13h59, alta de 0,72%, a R$ 3,4184Às 14h29, alta de 0,65%, a R$ 3,4161 Às 15h09, alta de 0,9%, a R$ 3,4244 Às 16h09, alta de 0,67%, a R$ 3,4167 Às 16h39, alta de 0,5%, a R$ 3,4108. "Está havendo uma crise política que, caso se alastre, vai dificultar a aprovação de reformas, o que pega no mercado", comentou à Reuters o operador da Ouro Minas Corretora, Maurício Gaioti.
A delação premiada de executivos da Odebrecht também era citada nas mesas de operação como foco de preocupação.
Caso Geddel
O ex-ministro da Cultura Marcelo Calero afirmou em depoimento à Polícia Federal que Temer o pressionou para encontrar uma "saída" para o caso de uma obra de interesse do ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, ampliando uma crise que inicialmente se restringia a Geddel e agora ameaça respingar no presidente.
Nesta manhã, Geddel pediu demissão, citando sofrimento da família e "limite da dor". Também nesta sexta, Calero divulgou uma nota para negar que tenha solicitado na semana passada uma audiência Temer no Palácio do Planalto com o objetivo de gravar a conversa com o presidente.
A arrancada desta manhã levou o dólar para perto de R$ 3,47, nível considerado perigoso pelos profissionais do mercado, segundo a Reuters.
Interferência do BC no câmbio
No último dia 11, quando o dólar encostou em R$ 3,40, o BC fez dois leilões de swaps tradicionais - equivalente à venda futura de moeda - tanto para rolagem quando para colocar novos contratos no mercado. O BC esteve fora nos últimos dois pregões e tem avisado que atua para corrigir distorções do mercado, estouro da volatilidade.
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