Economia
Dólar passa a oscilar nesta terça-feira entre leves altas e baixas
Na véspera, moeda dos EUA recuou 1,03%, a R$ 3,352 na venda
O dólar oscilava entre leves baixas e altas ante o real neste início da tarde desta terça-feira (22), ainda monitorando o exterior, onde os preços do petróleo também variavam entre os terrenos positivo e negativo, e o recuo da moeda norte-americana ante divisas de países emergentes perdia força.
Às 13h49, a moeda norte-americana subia 0,28%, vendida a R$ 3,3615, depois de ter caído 2,58% nos quatro pregões anteriores.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h20, queda de 0,58%, a R$ 3,3324 Às 10h09, queda de 0,33%, a R$ 3,3409 Às 10h39, queda de 0,16%., a R$ 3,3464 Às 11h19, queda de 0,239%, a R$ 3,344Às 12h20, queda de 0,155%, a R$ 3,3468Às 13h49, queda de 0,22%, a R$ 3,3468 Na véspera, o dólar fechou em queda de 1,03%, vendido a R$ 3,352.
Cenário externo
"O petróleo abandonou a alta e isso foi enfraquecendo o dólar ante o real e, no final da manhã, o peso mexicano também vinha perdendo força e isso fez o dólar aqui virar para o positivo", afirmou à Reuters um profissional da mesa de câmbio.
A moeda trabalhou em baixa ante o real durante toda a manhã, monitorando os Estados Unidos e novidades sobre a equipe econômica do presidente eleito Donald Trump, bem como notícias sobre seu futuro governo.
"Ainda estamos em compasso de espera, observando o que vai acontecer nos Estados Unidos. Mas a trégua favorece a correção do dólar aqui", comentou à Reuters o sócio da Omnix Corretora, Vanderlei Muniz.
A alta nos preços de metais como cobre e minério de ferro favorecia a queda do dólar sobre moedas de países emergentes, como o peso mexicano.
Sobretudo na semana passada, os mercados cambiais sofreram forte aversão ao risco após a surpreendente eleição de Trump à Presidência dos EUA, alimentando temores de que sua política econômica será inflacionária e pressionará o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros.
O mercado teme que a política econômica norte-americana pode se tornar inflacionária e pressionar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a elevar os juros na maior economia do mundo
O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas devem atrair para aquele país recursos aplicados atualmente em outros mercados. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.
A pesquisa Focus do BC, que ouve uma centena de economistas toda semana, mostrou maior previsão para o dólar no fim de 2016, a R$ 3,30, ante R$ 3,22, após a vitória de Trump.
Atuações do BC e cenário local
Diante do cenário de menor pressão, o BC brasileiro passou a atuar no mercado de maneira mais contundente, com leilões de swaps tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares - tanto para rolagem como novos
Nesta sessão, no entanto, o BC repetiu o movimento da véspera e realizou apenas um leilão para rolar os contratos que vencem em 1º de dezembro, colocando toda a oferta de até 19.815 swaps para rolagem de 1º de dezembro. O volume foi ligeiramente inferior ao que vinha sendo ofertado até então, de 20 mil contratos.
Mantida essa oferta e se vendê-la integralmente até o dia 29, penúltimo pregão do mês, seriam oferecidos 118.890 swaps, o equivalente a US$ 5,95 bilhões.
Internamente, o mercado estava atento ao resultado da reunião do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com governadores nesta tarde, quando devem ser discutidas saídas para a atual crise dos Estados, foco de preocupação do mercado em razão da situação fiscal.
"Para o restante do dia uma só certeza, que a 'rainha' volatilidade está de volta no mercado cambial brasileiro", comentou a Correparti Corretora de Câmbio em relatório a clientes.
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