Economia

Dólar fecha em leve alta nesta terça e interrompe 4 quedas seguidas

Moeda avançou 0,13%, vendida a R$ 3,3565

Por G1 22/11/2016 20h34
Dólar fecha em leve alta nesta terça e interrompe 4 quedas seguidas
Reprodução - Foto: Assessoria

O dólar fechou em leve alta ante o real nesta terça-feira (22), interrompendo uma sequência de 4 quedas, mas ainda se manteve no patamar de R$ 3,35, com investidores aproveitando os baixos níveis de preços da moeda norte-americana e acompanhando o movimento no mercado externo.

A moeda norte-americana avançou 0,13%, vendida a R$ 3,3565, depois de bater R$ 3,3270 na mínima do dia e R$ 3,3666 na máxima, segundo a agência Reuters.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:

Às 9h20, queda de 0,58%, a R$ 3,3324 Às 10h09, queda de 0,33%, a R$ 3,3409 Às 10h39, queda de 0,16%., a R$ 3,3464 Às 11h19, queda de 0,239%, a R$ 3,344Às 12h20, queda de 0,155%, a R$ 3,3468Às 13h49, queda de 0,22%, a R$ 3,3468Às 15h49, alta 0,32%, a R$ 3,3615Às 16h30, alta 0,23%, a R$ 3,3596 

Alta acumulada de mais de 5% no mês

Nos quatro pregões anteriores, a moeda norte-americana havia cedido 2,58%. No mês de novembro, o dólar acumula alta de 5,22%. No ano, entretanto, há desvalorização de 15% frente ao real.

Cenário externo

"A queda da manhã levou o dólar para um nível atrativo e houve importadores e tesourarias atuando na compra", comentou à Reuters o diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, acrescentando que a alta do dólar frente a outras moedas no exterior à tarde ajudou a embalar o movimento no mercado doméstico.

Sobretudo na semana passada, os mercados cambiais sofreram forte aversão ao risco após a surpreendente eleição de Trump à Presidência dos EUA, alimentando temores de que sua política econômica será inflacionária e pressionará o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar ainda mais os juros.

O mercado teme que a política econômica norte-americana pode se tornar inflacionária e pressionar o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, a elevar os juros na maior economia do mundo

O mercado monitora pistas sobre o rumo dos juros nos Estados Unidos porque taxas mais altas devem atrair para aquele país recursos aplicados atualmente em outros mercados. Isso motivaria uma tendência de alta do dólar em relação a moedas como o real.

Atuações do BC e cenário local

Diante do cenário de menor pressão, o BC brasileiro passou a atuar no mercado de maneira mais contundente, com leilões de swaps tradicionais - equivalentes à venda futura de dólares - tanto para rolagem como novos

Nesta sessão, no entanto, o BC repetiu o movimento da véspera e realizou apenas um leilão para rolar os contratos que vencem em 1º de dezembro, colocando toda a oferta de até 19.815 swaps para rolagem de 1º de dezembro. O volume foi ligeiramente inferior ao que vinha sendo ofertado até então, de 20 mil contratos, e serviu para concluir a rolagem de todos os vencimentos do próximo mês, equivalente a R$ 6,490 bilhões.

Diante disso, especialistas acreditam que o BC deve interromper suas atuações no mercado de câmbio, pelo menos por enquanto. "O BC vai analisar o mercado, o dólar já não está mais em 3,50 reais (como chegou no intradia na semana retrasada). Acho que ele não vai atuar até o início de janeiro", avaliou Rugik, da Correparti.

Até a eleição de Trump, em 8 de novembro, o BC vinha apenas realizando leilões de swaps cambiais reversos, que equivalem à compra futura de dólares, para reduzir os estoques de swaps tradicionais, atualmente em cerca de R$ 26,6 bilhões.

Internamente, o mercado estava atento ao resultado da reunião do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, com governadores nesta tarde, quando devem ser discutidas saídas para a atual crise dos Estados, foco de preocupação do mercado em razão da situação fiscal.