Economia

Bovespa sobe 1,85% e recupera patamar de 60 mil pontos

Ações da Petrobras e de bancos impulsionaram o índice

Por G1 16/11/2016 18h57
Bovespa sobe 1,85% e recupera patamar de 60 mil pontos
Reprodução - Foto: Assessoria

O principal índice da Bovespa fechou em alta pelo segundo pregão seguido nesta quarta-feira (16), recuperando o patamar dos 60 mil pontos, com o impulso das ações da Petrobras e de bancos.

O Ibovespa avançou 1,85%, aos 60.759 pontos, tendo avançado mais de 2¨% no melhor momento do dia e caído 0,5% na mínima.

O volume financeiro somou R$ 12,2 bilhões, segundo a Reuters, acima da média diária para novembro até o pregão anterior, de R$ 10,7 bilhões. O pregão foi marcado ainda pelo vencimento de opções sobre o Ibovespa, que movimentou R$ 1,034 bilhão, informou a BM&FBovespa.

No mês de novembro, a bolsa acumula queda de 6,4%. No ano, a valorização ainda  é de 40%.

Destaques do dia

Petrobras PN subiu 5,29% e Petrobras ON avançou 4,18%, ajustando-se à alta dos ADRs (recibos de ações negociados nos Estados Unidos) na véspera. Também no radar estavam as declarações do presidente da petrolífera, Pedro Parente, que disse em evento em Nova York na véspera que a empresa permanecerá fiel à meta de desinvestir R$ 15,1 bilhões até o fim deste ano.

Itaú Unibanco subiu 4,94% e exerceu a maior pressão de alta para o Ibovespa, recuperando parte das perdas acumuladas nos quatro pregões após a eleição de Trump, de quase 10%. Banco do Brasil avançou 6,47%, acelerando o movimento de recuperação iniciado na segunda-feira, depois de cair 16%.

Na outra ponta, V-ale caiu 7,36% e Vale ON perdeu 4,95%, ajustando-se à baixa na véspera dos ADRs da companhia e em nova sessão de queda nos preços do minério de ferro. O movimento também mostra um ajuste após as altas recentes que levaram as ações PNA da mineradora a acumularem alta de quase 20% no mês até o pregão de segunda-feira.

Efeito Trump

A alta neste pregão, no entanto, não significa ainda a retomada do viés positivo que vinha guiando os negócios no mercado acionário brasileiro antes da eleição de Donald Trump à Presidência dos Estados Unidos, destaca a Reuters.

Segundo operadores, a tendência para o mercado acionário brasileiro ainda é de volatilidade até que se tenha mais clareza sobre as políticas a serem adotadas por Donald Trump e seus impactos em outros países, como o Brasil.

As sinalizações de membros do Federal Reserve também seguiam no radar de investidores, para ajuste nas apostas sobre o movimento de aperto monetário nos EUA, conforme aumentam as chances de uma alta de juros em dezembro e a expectativa por uma política mais inflacionária podem levar à aceleração no ritmo de elevações.

No front local, o Banco Central aumentou a intervenção no mercado de câmbio e o Tesouro Nacional anunciou programa diário para compra de títulos com o objetivo de diminuir a volatilidade no mercado. Nesta quarta-feira, o dólar fechou em queda de 0,56%, vendida a R$ 3,4217, após ter acumulado alta de 8,63% nas últimas 4 sessões.

Estrangeiros embolsam lucros

Dados da BMF&Bovespa mostram que a saídas de capital externo na bolsa superaram as entradas em R$ 3,009 bilhões na parcial de novembro até o dia 11, indicando que os investidores estrangeiros intensificaram o movimento de embolso de lucros nos últimos dias.

No acumulado no ano, entretanto, a entrada líquida de recursos do exterior ainda soma R$ 14,508 bilhões.

Em outubro, a entrada líquida de capital estrangeiro na bolsa somou R$ 4,473 bilhões, o que contribuiu para o avanço do Ibovespa.