Economia

Bovespa sobe quase 4% com alívio em cenário eleitoral nos Estados Unidos

Ibovespa fechou em alta de 3,98%, a 64.051 pontos

Por G1 07/11/2016 18h52
Bovespa sobe quase 4% com alívio em cenário eleitoral nos Estados Unidos
Reprodução - Foto: Assessoria

A Bovespa fechou com em forte alta nesta segunda-feira (7), em linha com os mercados globais, com investidores mais aliviados com as eleições presidenciais norte-americanas e a vantagem que a candidata democrata Hillary Clinton voltou a mostrar, segundo a agência Reuters.

O Ibovespa, o principal índice de ações da bolsa brasileira, avançou 3,98%, a 64.051 pontos.

Foi a maior alta diária desde 10 de maio (4,08%), segundo a Reuteres, após o índice acumular perda de 5,1% nos três primeiros pregões de novembro em meio à preocupação com o cenário eleitoral nos EUA, após ter subido 11,2% em outubro.

Destaques do dia

Petrobras PN subiu 7,63% e Petrobras ON ganhou 6,82%, em sessão de alta nos preços do petróleo. Vale PNA avançou 8,24%, enquanto Vale ON teve valorização de 7,03%, acompanhando a alta do preço do minério de ferro.

BB Seguridade subiu 4,16%, após anunciar lucro líquido de R$ 987,9 milhões.

Itaú Unibanco e Bradesco, com forte peso na composição do índice, subiram 3,59% e 3,47%, respectivamente. Banco do Brasil ganhou 5,39%.

Cenário externo

Uma onda de alívio tomou os mercados mundiais nessta segunda-feira, da Europa a Wall Street passando pela Ásia, uma vez que Hillary é vista como uma candidata que oferece maior segurança e estabilidade para os investidores. As bolsas dos EUA fecharam em alta de mais de 2%. A diminuição de temores com a disputa pela presidência da maior economia do mundo veio na esteira de pesquisas recentes mostrando a candidata democrata Hillary Clinton à frente do republicano Donald Trump, destaca a Reuters.

Além disso, o FBI anunciou no fim de semana que não vai haver acusações contra Hillary, em uma investigação sobre seus e-mails, o que também ajudava a diminuir as tensões com o processo eleitoral dos Estados Unidos.

Donald Trump é considerado um fator negativo para o peso mexicano, devido às ameaças do candidato de expulsar dos Estados Unidos milhões de migrantes ilegais, de renegociar acordos de livre comércio e da promessa de construir um muro na fronteira comum com o país vizinho, caso ganhe as eleições de terça-feira.

Para a equipe da corretora Lerosa Investimentos, a falta de uma agenda econômica e política local relevante deve deixar o mercado acionário brasileiro mais atrelado aos movimentos externos ao longo desta sessão.

Bovespa tem alta de quase 50% no ano

No acumulado no mês de novembro, o Ibovespa ainda tem queda de 1,35%. No acumulado de 2016, a valorização é de 47%.