Economia
Dólar consolida alta nesta quinta, com expectativa de fluxo e exterior
Na véspera, moeda dos EUA avançou 1,15%, a R$ 3,1423 na venda
Após oscilar pela manhã, o dólar consolidou a alta nesta quinta-feira (27), em meio à expectativa de ingresso de fluxo de recursos externos e com a moeda norte-americana em alta ante divisas de países emergentes.
Às 16h40, a moeda norte-americana subia 0,42%, vendida a R$ 3,1555.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,13%, a R$ 3,1466 Às 9h49, alta de 0,03%, a R$ 3,1433 Às 10h59, queda de 0,33%, a R$ 3,1319 Às 12h09, alta de 0,08%, a R$ 3,1449 Às 12h49, alta de 0,38%, a R$ 3,1545 Às 13h10, alta de 0,51%, a R$ 3,1584 Às 14h10, alta de 0,26%, a R$ 3,1505Às 14h50, alta de 0,47%, a R$ 3,1572Às 15h30, alta de 0,27%, a R$ 3,1508
"A volatilidade inicial decorre da desvalorização de moedas emergentes no exterior e a expectativa de entrada de recursos ao longo da sessão", comentou o operador da Advanced Corretora, Alessandro Faganello, à Reuters.
O prazo para regularização de recursos de brasileiros no exterior termina no próximo dia 31 de outubro. A Receita Federal informou que a arrecadação com multa e imposto no âmbito do programa chegou a R$ 40,1 bilhões até o início da manhã desta quinta-feira.
Na véspera, o Banco Central decidiu ampliar o horário de encerramento do registro de operações de câmbio das 19h para as 23h entre os dias 26 e 31 de outubro. A medida visa facilitar a adesão de contribuintes ao programa de repatriação, que permite aos brasileiros regularizar bens no exterior que não estão declarados à Receita Federal.
A expectativa de fortes entradas de recursos com a repatriação favoreceria, em tese, a desvalorização da moeda em relação ao real. Isso porque, com mais dólares no mercado, o preço tende a cair.
Também a favor da trajetória de baixa da moeda norte-americana, com poder para tranquilizar os investidores, estava a notícia de que o Supremo Tribunal Federal (STF) vetou na véspera a desaposentação. Caso contrário, elevaria os gastos anuais do governo em R$ 7,7 bilhões com a Previdência.
Na ponta que pressionava as cotações do dólar para cima vinha o cenário externo, onde a moeda norte-americana subia ante divisas emergentes pela proximidade da reunião do Federal Reserve, banco central norte-americano, na próxima semana, e das eleições presidenciais, no dia 8 de novembro.
"Além disso, estamos nos aproximando do final do mês e há um pouco de cautela com a formação da Ptax, o que pode deixar o movimento do dólar mais contido", comentou um operador de uma corretora nacional.
O Banco Central fez leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra de dólares no futuro, com apenas dois vencimentos nesta manhã e vendeu o lote integral de 5 mil contratos. Com essa modalidade de leilão, o BC busca controlar uma possível desvalorização brusca do dólar.
A autoridade monetária deixou de ofertar swaps para 1º de novembro, após informar que não anularia os swaps tradicionais --equivalentes à venda futura de dólares-- para esta data por conta da expectativa de forte entrada de recursos nestes dias com a regularização de ativos. Nessa modalidade de leilão, o BC busca controlar uma alta intensa da moeda norte-americana.
Na véspera, o dólar subiu 1,15%, a R$ 3,1423 na venda.
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