Economia

Pesquisa da Fecomércio demonstra elevação no consumo das famílias em Alagoas

Levantamento também sinaliza que entre os que recebem até 10 SM, o consumo aumentou 2,28%

Por Ascom / Fecomércio-AL 26/10/2016 16h16
Pesquisa da Fecomércio demonstra elevação no consumo das famílias em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria

A pesquisa do Instituto Fecomércio de Estudos, Pesquisas e Desenvolvimento de Alagoas (IFEPD/AL), realizada em parceria com a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), demonstra que o Índice de Consumo das Famílias (ICF) teve alta de 3,25% entre agosto e setembro. O levantamento também sinaliza que entre os que recebem até 10 SM, o consumo aumentou 2,28%. A alta foi mais expressiva entre as famílias com mais de dez salários mínimos: 12,63%.

“Todo esse aumento se deve à melhora na percepção dos consumidores em relação à renda, devido aos níveis dos preços estarem em patamares mais adequados e pela surpresa no mês de setembro sobre o nível de aumento do IPCA em apenas 0,08%. Isto aumenta a sensação de poder de compra dos consumidores. Quando comparamos setembro ante agosto, houve um aumento de 5,08% no consumo das famílias”, explica Felippe Rocha, assessor econômico da Fecomércio.

Contexto

Na análise do economista, a elevação no consumo nos últimos dois meses não tem como fator principal o aumento da renda das famílias, mas sim pelo aumento do consumo por meio do crédito. Entretanto, o último trimestre do ano permite que as famílias ampliem o consumo, uma vez que surgem novos postos de trabalho por meio das contratações temporárias e da recuperação dos empregos das usinas de açúcar e álcool do Estado, dando uma nova dinâmica na economia.

Segundo os dados de agosto do CAGED/TEM, houve saldo positivo de 4.099 nos postos de trabalho, em grande parte impulsionado pela indústria de transformação, seguido pelo setor de serviços do Estado. “Como a recuperação deverá se manter até janeiro, espera-se um aumento do consumo para o final de ano melhor do que o de 2015. Mesmo assim, as vendas serão modestas se comparados com o período pré-crise, pois os empresários estão mais racionais e pretendem manter suas margens mais equilibradas”, analisa Rocha, acrescentando que, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento do Varejo (IDV), o volume de demanda das grandes redes varejistas será por produtos mais baratos e em quantidade em termos de pedidos de 8% a 12% maior do que o final de 2015.

O acesso ao crédito tem melhorado à medida que os níveis de inadimplência diminuem. Isso é percebido pelo indicador de acesso ao crédito do ICF, o qual obteve uma melhora de 9,51%, confirmando a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (PEIC) de setembro, que demonstrou que o crédito consignado teve um aumento expressivo desbancando os financiamentos de carro da terceira posição sobre as causas do endividamento dos consumidores de Maceió.

“As perspectivas de consumo para o final desse segundo semestre continuam sinalizando uma alta de 4% em relação ao mesmo semestre do ano anterior”, afirma. E, como o final de ano é sinal de maior renda, por conta do 13º salário, a demanda por produtos duráveis, também deve aumentar. O Natal e a Black Friday podem contribuir com esse processo, já que a pesquisa indica que há um aumento de 6,03% na intenção de consumo para a aquisição de eletrônicos e eletrodomésticos.