Cooperativas
Encontro do Cooperativismo é realizado com debates, palestras e apresentações de cases de sucesso
Instituído pela Lei Estadual nº 7.155/2010, o Encoopal faz parte da programação da Semana Estadual de Cooperativismo
O Dia Internacional do Cooperativismo é celebrado no primeiro sábado do mês de julho. Neste ano, a data foi comemorada no último dia 6, marcando o importante papel que o segmento tem no desenvolvimento econômico e social. Com atuação em diversos setores, serviço, agropecuário, crédito, saúde, transportes, trabalho e imobiliário, há 399 cooperativas com registro ativo em Alagoas. Dezenove delas foram abertas este ano, conforme dados da Junta Comercial do Estado de Alagoas (Juceal),
Em comemoração a data, a Secretaria de Estado do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Sedics), por meio da Secretaria Executiva do Cooperativismo, Associativismo e Economia Solidária, realiza o Encontro do Cooperativismo Alagoano (Encoopal), nesta segunda-feira (8), com uma séria de atividades e debates durante todo o dia, no Salão Aqualtune, no Palácio República dos Palmares.
Instituído pela Lei Estadual nº 7.155/2010, o Encoopal faz parte da programação da Semana Estadual de Cooperativismo, e será um momento de discussão de assuntos relativos ao tema. A programação conta com palestras e cases de sucesso do cooperativismo no estado, assim como, o lançamento de dois livros com sessão de autógrafos.
Realizado em parceria com a União das Cooperativas da Agricultura Familiar e da Economia Solidária de Alagoas (Unicafes/AL), o encontro reúne mais de 200 cooperativas. O secretário Executivo do Cooperativismo do Estado de Alagoas, Adalberon Sá Júnior, disse que o objetivo do encontro é fortalecer o papel do cooperativismo no Estado. “O cooperativismo em Alagoas é modelo para o Brasil por possuir uma política bem definida de fortalecimento aos gargalos econômicos e sociais. Com o Encoopal teremos, por mais um ano, momento para pactuar o compromisso em acelerar o desenvolvimento econômico e social de Alagoas”.
“O estado tem hoje a primeira e única Secretaria Executiva de Cooperativismo do Brasil e ela foi inserida dentro da pauta do desenvolvimento econômico. Isso foi um entendimento do governador Paulo Dantas muito essencial, porque, na verdade, é isso que essas cooperativas significam. O papel delas é fundamental no desenvolvimento econômico, social e sustentável do nosso estado. A gente tem mais de 200 cooperativas ativas, mais de 120 mil cooperados, gerando milhares de emprego e fazendo com que a economia gire nos seus locais onde eles estão instalados, fazendo com que aquela região se desenvolva. A gente tem cooperativas grandes, cooperativas pequenas e o nosso papel é poder estruturar, capacitar e poder fazer com que essas pequenas se tornem maiores, com que os seus produtos sejam mais competitivos no mercado”, continuou Adalberon.
O governador Paulo Dantas ressaltou que a o cooperativismo deve ser tratado com atenção, uma vez que ele contribui de forma significativa para o desenvolvimento econômico e social de Alagoas. “O estado tem exportado cases de sucesso, que serão apresentados inclusive aqui nesse encontro, como o Alagoas Mais Cooperativas - um programa que com certeza será um case de sucesso fundamental para nós deixarmos claro, não só para estado, mas para todo o Brasil, que o cooperativismo tem que ser tratado com a atenção que merece, pelo tamanho da contribuição que ele exerce para o desenvolvimento do nosso estado. E é por isso que nós estamos de maneira totalmente conectados, ouvindo o setor a todo momento. Por isso que foi importantíssimo nós termos criado a Secretaria Executiva do Cooperativismo, que é conduzida com muito êxito pelo secretário Adalberon”.
Luta contra o êxodo rural
Para Maria José Alves, presidente na Unicafes/AL, ações organizadas com planejamento faz com quer o setor contribuía ainda mais com o desenvolvimento de Alagoas e do Brasil. Ela cita que ações da entidade contribuem para evitar o êxodo rural.
“Alagoas tem dado passos importantes no fortalecimento do cooperativismo. A gente hoje é referência, não só no estado, mas no país. Muitas cooperativas vêm para Alagoas para ver como é que nós estamos se organizando. Às vezes a gente olha, meu Deus, tão pouco, e a gente tem feito a diferença, tem transformado um campo e a gente quer isso, transformar o campo para que cada pessoa que lá se encontre viva bem, viva melhor e não saia do campo para vim para a cidade. A gente quer um campo forte, onde eles saibam produzir, vender e ter uma renda no final do ano, para que não abandonem, não vendam suas terras e vá ocupar as cidades. O cooperativismo também luta, então, contra o êxodo rural”, disse Maria José.
A gestora da Sedics, Alice Beltrão, disse que investir em capacitação fortalece o trabalho que vem sendo desenvolvido com as cooperativas alagoanas. “O cooperativismo é uma ferramenta de desenvolvimento econômico e social. Uma das grandes formas de geração de renda e inclusão, além de um poderoso instrumento de educação e de superação de desafios individuais e coletivos”.
Marcelo Vieira, palestrante e empresário do setor de crédito em Santa Catarina, parabenizou a criação da secretaria executiva e ressaltou a importância do setor para o país.
“Venho lá de Santa Catarina, um estado muito cooperativista, onde quase 100% das cidades possuem alguma cooperativa presente e atuando fortemente. Então o que vim falar hoje para esse grupo de cooperativistas entusiasmados é que juntos vamos sempre muito mais longe, muito mais forte. O cooperativismo hoje está diante da tecnologia e ela torna todo mundo igual. Porque a tecnologia de qualquer instituição, seja ela pública, privada ou cooperativista, é igual. Então, o que vai nos diferenciar no futuro é a junção das pessoas. É eu poder falar com você por meio digital, por exemplo. A nossa grande discussão não é afastar as pessoas do cooperativismo. Porque as tecnologias, os chatbots, elas estão fazendo o trabalho e aí às vezes a gente pode ficar um pouquinho distante e qualquer outra instituição que não seja uma cooperativa pode assumir aquele lugar, o protagonismo do relacionamento. Hoje em dia se fala bastante de tecnologia no campo. Né? A gente já tem exemplos aí de sucesso separado pelo país inteiro e sempre se colocou em questão que o homem do campo não tinha nem direito de chegar nessa tecnologia para aumentar sua linha de produção, aumentar a qualidade de vida, mas a realidade está mudando. Acredito muito na pulverização do conhecimento”, disse Marcelo Vieira, acrescentando que o Brasil é um país de dimensões continentais.
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