Cooperativas

Leite produzido por pequenos produtores recebe análise de qualidade e testes mensais

Projeto de controle e qualidade do leite é empregado nas 72 associações atendidas pela CPLA

Por Assessoria 15/06/2018 18h04
Leite produzido por pequenos produtores recebe análise de qualidade e testes mensais
Reprodução - Foto: Assessoria
Entregar leite com maior qualidade e segurança para o consumidor. Esses são os propósitos eleitos pela Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA) no projeto de controle e qualidade do leite empregado nas 72 associações atendidas pela cooperativa em Alagoas. Os agricultores familiares da CPLA recebem semanalmente atendimento técnico para avaliar tríade: boas práticas de ordenha, armazenamento e controle de qualidade. A cada semana são realizadas palestras e experimento técnicos, além de coletas de amostras para verificar a presença de componentes baterianos e a Contagem de Células Somáticas (CCS). “Com o CCS baixo, por exemplo, significa que as vacas apresentam boa saúde do úbere e consequentemente, o leite produzido é de boa qualidade”, conta Rubion Alves, coordenador do projeto. A análise também serve de parâmetro para detectar mastite no rebanho e como indicador geral das condições higiênicas da produção. Além de orientar e verificar a qualidade do leite, a CPLA também realiza de análise laboratorial, em São Paulo, mensalmente, com presença de analistas, para testes de Controle de Bactérias Totais (CBT). “Dois fatores definem a qualidade do leite: o ambiente de criação e conduta de higiene do ordenhador. São fatores decisivos, aliados à má refrigeração, que podem resultar na manifestação de bactérias, que produzem ácido lático e muda o sabor do leite”, explica. Dicas Além de contar com o recurso da ferramenta de análise, o produtor deve ficar atento ao conjunto de boas práticas de ordenha e higienização recomendada pela cooperativa. As principais, segundo Rubion Alves, são: “limpeza profunda do tanque de resfriamento para extinguir qualquer resíduo; higienização máxima na ordenha do leite, manejo e ambiente, com limpeza a cada 48 horas; atenção para o nivelamento do tanque de leite e controle sanitário, além de uso de água limpa para higienização dos animais, tanque e ambiente”, elencou. De acordo com o diretor da CPLA, Aldemar Monteiro, na prática, no ciclo leiteiro, a adoção das boas práticas somam para boa aceitação da matéria-prima nos laticínios. “Esse trabalho tem revolucionado o controle de qualidade da agricultura familiar e ainda ajuda no trabalho de valorização dos pequenos produtores. Outros dois pontos positivos são a maior organização e o estabelecimento de uma relação de confiança no mercado”, completou Monteiro.