Ciência e Tecnologia

Inteligência artificial é usada para fazer o videomonitoramento da Bienal

Câmeras foram instaladas no Centro de Convenções para garantir a segurança e análise de comportamento dos visitantes

Por Ascom Bienal 03/11/2025 18h12 - Atualizado em 03/11/2025 22h49
Inteligência artificial é usada para fazer o videomonitoramento da Bienal
Câmeras conseguem identificar as expressões faciais das pessoas. Em caso de tumulto, é possível identificar essas alterações de comportamento - Foto: Adriano Arantos / Ascom Bienal

Inteligência artificial, pesquisa científica e metadados. A partir dessa tríade, vai funcionar o videomonitoramento da 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas. Foram instaladas câmeras no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso para fazer o monitoramento dos dez dias de evento, não apenas para reforçar a segurança, mas também para fazer uma análise do perfil de visitantes.

A iniciativa, denominada Profile Senses, foi desenvolvida pelo núcleo de Inteligência Artificial do Centro de Inovação Edge, ligado ao Instituto de Computação (IC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O pesquisador do Edge, Bruno Lima, explicou que a equipe utilizou modelos existentes na literatura científica para desenvolver o sistema, com o objetivo de resolver problemas do mundo real. "Uma das dificuldades do mundo real é analisar a população de um certo local. Fazemos essa análise demográfica, que é entender as características daquela população, reconhecendo eventos que estão ocorrendo, ações que as pessoas estão realizando — como correr, pular ou até ações que comprometam a segurança. Utilizando técnicas avançadas de visão computacional e inteligência artificial, o sistema é capaz de realizar a contagem de pessoas, oferecendo também estimativa de gênero e faixa etária”, disse.

As câmeras conseguem identificar as expressões faciais das pessoas. Em caso de tumulto — se muitas pessoas estiverem expressando emoções semelhantes, como raiva, ou começarem a se aglomerar — é possível identificar essas alterações de comportamento. O sistema emite um alerta e, então, podem ser adotadas as medidas protetivas necessárias.

Mas vale reforçar que a privacidade das pessoas é mantida em sigilo. O sistema monitora o visitante, mas não o identifica, preservando a identidade. “Temos um servidor que recebe e processa todos os metadados e faz a análise das demandas. As câmeras servem apenas como ponto de troca de informação; o processamento é todo remoto, em nuvem. Se uma pessoa passar dez vezes pelo mesmo local, o sistema vai entender que uma pessoa com aquelas características passou por ali, mas não a identifica. Quanto ao quantitativo, sabemos que ela passou dez vezes, mas só contabilizamos uma vez”, afirmou Bruno.

Sobre a Bienal

A 11ª Bienal Internacional do Livro de Alagoas é realizada pela Universidade Federal de Alagoas e pelo governo de Alagoas, com correalização da Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes) e patrocínio do Senac e do Sebrae Alagoas.

Sob a curadoria do professor Eraldo Ferraz, diretor da Edufal, o maior evento cultural e literário do estado também tem como parceiros a plataforma de eventos Doity, a rede de Hotéis Ponta Verde, o Sesc, a Prefeitura de Maceió por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed) e o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), além das secretarias de Estado da Cultura e Economia Criativa (Secult), de Turismo (Setur) e de Comunicação (Secom) de Alagoas.

Acompanhe as novidades da Bienal 2025 por meio do site oficial bienal.ufal.br/2025 e também pelas redes sociais com o perfil @‌bienaldealagoas no Instagram, Threads e Facebook.