Ciência e Tecnologia
Evento de inovação tecnológica fecha com avanços na rede de ensino e pesquisa
14º ProspeCT&I e 8º Congresso Internacional Profnit, que reuniu 40 universidades do país em Maceió, têm balanço positivo
Após cinco dias de importantes debates e conferências, se encerrou na sexta-feira (17), no auditório do Sebrae Alagoas, em Maceió, o 14º ProspeCT&I e 8º Congresso Internacional Profnit, que trouxeram o tema Interação Universidade, Indústria e Caminhos para uma Bioeconomia Efetiva”, que reuniu o universo acadêmico, empresarial, governamental e de organizações sociais. O encontro foi uma promoção da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Caixa, Governo Federal, com apoio do Fórum de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), a rede Profnit e os Núcleos de Inovação Tecnológica (NIts), com o do Sistema Tribuna de Comunicação da Cooperativa de Jornalistas e Gráficos de Alagoas (Jorgraf).
Os organizadores do evento, representados pelo professor Eduardo Meireles, vice-coordenador do evento, e a professora Andrea Waichman, da Universidade Federal do Amazonas, fizeram um balanço do evento, com a apresentação dos novos indicadores da rede Profnit. À equipe de reportagem da Tribuna, Meireles considerou o encontro muito positivo “por trazer temas emergentes e necessários, como a bioeconomia o encontro e as ações desenvolvidas pelo país nesse campo”. Ele também agradeceu aos ministérios que colaboraram na realização do evento, especialmente na captação de palestrantes. Com base nas discussões e insights obtidos, Meireles informou que a rede avançará em uma nova pauta para definir os próximos passos a serem trabalhados.
No início da sua apresentação na tarde de sexta-feira (17), a professora Andrea Waichman falou sobre sua experiência de trabalhar com indicadores para tomar decisões. Após isso, no telão da palestra, os slides referentes aos indicadores da rede Profnit começaram a ser mostrados. Durante a apresentação, a professora Andrea revelou alguns dados importantes. Entre eles, características fundamentais do corpo docente e dos discentes.
Nos slides, foi mostrado que a rede Profnit possui 546 docentes e 1.327 discentes. A maioria do corpo docente e do corpo discente da rede é da Região Nordeste, seguida também pela Região Norte do país. A idade média dos docentes é de 48,3 anos, sendo a maioria entre 41 e 50 anos. Ainda durante a apresentação da professora Andrea, foi mostrado que as principais áreas dos docentes do Profnit são Administração, Química e Biotecnologia (sendo esse o “top 3”, porém seguido de diversas outras áreas do conhecimento). Já falando sobre os discentes, a média de idade deles é de 39 anos. “É um corpo discente bem maduro”, comentou a professora. A maioria dos discentes da rede Profnit concentra-se entre 31 e 40 anos de idade.
Também foi mostrado o número de produções bibliográficas contabilizado até dezembro de 2023, sendo 1.812 produções do Profnit. “Apenas 5,6 % dos TCCs [Trabalhos de Conclusão de Curso] são vinculados à produção bibliográfica dos alunos. É algo que precisamos melhorar”, comentou a professora Andrea.
Durante o evento foram realizados conferências, exposições, minicursos, mesas redondas, oficinas temáticas e estudos de caso do evento, e apresentados assuntos como o incentivo e o desenvolvimento sustentável do país, do ponto de vista social, econômico e ambiental; bem como a criação de modelos de investimentos em produtividade e inovação tecnológica.
“Saímos muito felizes, muito otimistas em relação ao futuro daquilo que foi apresentado no evento, tanto do ponto de vista do governo federal quanto do ponto de vista do Governo de Alagoas, porque a gente teve secretários, a gente teve a fundação de apoio lá, falando com a gente. Do ponto de vista teórico, a gente avançou muito, mas ainda do ponto de vista prático, do ponto de vista das indústrias, a gente ainda está passando por esse momento, que é poder produzir e construir uma série de produtos inovadores com a floresta em pé. E fazer essa interação entre a floresta, entre o cerrado, a caatinga e aquilo que eles têm de mais importante. Então, nesse sentido, a gente está avançando. São discussões já muito robustas”, completou Eduardo.
No encontro, segundo os coordenadores, o Ministério da Ciência e Tecnologia apresentou um panorama muito interessante em relação à bioeconomia. “E agora pensando como o Profnit vai se organizar para fazer a interação entre a nossa rede e aquilo que já está estabelecido para além do que a gente já faz. A rede Profnit concentra mais de 3000 alunos espalhados pelo Brasil inteiro em mais de 500 professores. O professor Eduardo Meireles também falou sobre possíveis cenários para o futuro do planeta, já que se trata da maior missão de todo pesquisador, ou dos estudos e dos avanços da tecnologia, com desenvolvimento sustentável”.
“O que a gente precisa sempre ter em vista é nós não podemos sacrificar mais o ambiente, o planeta, daquilo que ele pode nos entregar. Mas isso não significa que a gente vai ter que renunciar àquilo que a gente já tem para o planeta”, pontua Eduardo.
“De fato, criar um processo de recomposição. O problema é que as pessoas e elas precisam ocupar os espaços e elas precisam efetivamente de uma qualidade de vida. Então, o desenvolvimento sustentável vem para isso, para a gente olhar as possibilidades que a gente tem de desenvolvimento no tempo. É fazer políticas, é fazer ações, é criar condições do ponto de vista de inovação, tecnologia, para que a gente possa avançar e garantir essas condições”, completou.
Pioneira do tech mining analisa ferramenta que inova tecnologia
Como organizar e prospectar informações científicas de qualidade, para despertar a atenção do público? Ou, no caso de cientistas e pesquisadores, obter sucesso na publicação de seus trabalhos em veículos de comunicação de alto nível, como revistas de renome nacional ou global? Para que se alcance um maior número de leitores, na produção de informação científica em um mundo com excesso de informação, muitas delas falsas e equivocadas. Foi aí que surgiram modelos de inovação tecnológica, como a metodologia tech mining, uma ferramenta com alto poder de solução, um auxílio luxuoso na análise e prospecção de dados em forma de texto, e construção de matrizes e mapas precisos, mostrando tendências e sinais de inovação, além de parcerias entre instituições e de estudos de pesquisadores.
A professora da Universidade Federal da Bahia e editora-chefe da revista Cadernos de Prospecção, Cristina M. Quintella, é a pioneira, no Brasil, no desenvolvimento e difusão desse novo conceito, tech mining. Cristina foi uma das atrações entre os mais de 40 conferencistas e expositores que deixaram seu brilho, durante os eventos do 14º ProspeCT&I e 8º Congresso Internacional Profnit, realizados em Maceió, na sede do Sebrae Alagoas, que começou na segunda-feira (13), e se encerrou nessa sexta-feira (17).
Cristina Quintella é fundadora do Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), onde foi também coordenadora da Regional Nordeste (2006-2010), do Conselho Fiscal (2012-2014), presidente (2014-2019).
Ela falou com exclusividade ao jornal Tribuna Independente, em uma emocionante entrevista, quando explicou de forma concisa, inteligente e com toda sua verve de pesquisadora, as novas tendências da inovação tecnológica do tech mining e sua aplicação no mundo real, longe, bem longe, das fake news: “Aí é que a gente começa a ver que se pode projetar o futuro para ser melhor para a humanidade”. Leia a seguir os principais trechos da entrevista.
Tribuna - Professora Cristina Quintella, vamos falar um pouquinho aqui depois de sua conferência, sobre o significado, o conceito de tech mining, e até onde podemos chegar com o aperfeiçoamento dessa nova ferramenta?
Cristina Quintella - Tech mining é como se fosse uma mineração, assim como você minera bauxita para depois refinar, para dar o alumínio. Aqui nós olhamos o que está sendo produzido de conhecimento pelo Brasil. A gente vê conhecimentos tradicionais, o que é que existe, a gente vê indicações geográficas, a gente vê marcas, vê patentes, vê artigos. E aí começamos a ver o que temos de conhecimento para poder projetar o futuro para ser melhor para a humanidade.
Tribuna – No seu caso, me parece que você começou a “testar” o tech mining em um estudo de caso, não é? Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), as 17 metas globais, estabelecidas pela Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU). É isso mesmo?
Cristina Quintela - Nós estudamos os ODS da agenda 2030, baseados principalmente no ODS 2, Fome Zero e Agricultura Sustentável. E nós vimos o que é que o Brasil tem de frutas, de legumes, de frutos do mar, de carne, tudo. Em termos de artigos, em termos de patentes da academia, que tem essa evolução de maturidade tecnológica, primeiros artigos, o TRL2. TRL é nível de maturidade tecnológica, o 2 são resumos em congresso, ideias, o 3 são artigos, o 4 são patentes da academia, o 5 são patentes da não academia, empresas cooperativas etc. E aí vai até o 9, que é produto no mercado.
Tribuna – E como entra a metodologia do tech mining nessa agenda da ONU?
Cristina Quintella - Então nós vemos, tudo bem, a gente tem a competência, tem o conhecimento, não é? Então nós fazemos essa mineração de todos os dados que têm e projetamos para o futuro, isso está crescendo, ou isso não está... É muito engraçado, porque a gente usa indicadores, igual o pessoal dos fundos de investimento das bolsas etc., que é crescimento acumulado, revelado anual, é a especialização, é a concentração, sabe? E nós conseguimos ver onde vale a pena investir. Tem também a vantagem competitiva, nós nesse caso comparamos também os Estados Unidos com um benchmark internacional e o Brasil. Então nós vemos onde nem adianta a gente se matar, porque os competidores já são muito avançados, e quais são as áreas que o Brasil poderia investir bastante ainda.
Tribuna – Então que tipos de alimentos o Brasil apostaria, até mesmo para ajudar a amenizar a fome no mundo?
Cristina Quintella – A gente aprofundou a parte de vegetais, legumes e frutas. Qual o quadro para o futuro que você vê para o Fome Zero, que é um programa meio antigo, né? Você fala do programa do Lula (Luiz Inácio Lula da Silva) na primeira gestão dele, lá atrás. E como é que você vê, estudando o caso do Fome Zero, e a atual situação agora, vão ter que exportar. Lula deu um milhão de toneladas de arroz para compensar essa catástrofe lá no Rio Grande do Sul. Como é que você vê, para a atualidade? Como fica o Fome Zero nesse estudo de caso? O que você fez? O que seus alunos vão dar ou vão fazer, como fica? Pois é, esse Fome Zero, o Zero Hunger, é da Organização das Nações Unidas. O programa do Lula é uma concretização interna, mas todos os países do Globo têm essa concretização. Nossa, que ótimo! No nosso caso, o que é que a gente viu? A gente viu que, se tiver investimento para criar empresas brasileiras que trabalhem essas tecnologias, a gente consegue não só exportar, e um percentual da produção pode ser distribuída justamente para esses programas que estão salvando os 11% da população brasileira abaixo do nível da miséria. Que é um percentual pequeno e um número absoluto imenso, quando você pensa da população brasileira. Estão abaixo da pobreza mesmo. Sim, são as estatísticas internacionais.
Tribuna – No caso da inovação tecnológica, como transformar esse conhecimento em propostas e soluções, em patentes, em um produto no mercado? Precisa financiamento do governo?
Cristina Quintella - Nós temos uma biodiversidade como nenhuma do nosso tamanho. Nós temos, veja só, temos biodiversidade, temos conhecimentos tradicionais, poucos países mantêm isso. Os Estados Unidos mataram toda a biodiversidade por causa da revolução industrial, porque tiveram que sair queimando madeira, e os biomas foram embora. Então, nós temos isso ainda. É uma oportunidade única. Por isso também que a gente teve o problema de biopirataria, que você viu, porque as pessoas vão fazer biopirataria onde tem o ouro, a bauxita, para gerar o alumínio. Então, com essa tech mining, nós temos todo esse mapeamento de onde vale a pena ainda apostar com novas empresas, com base nesses conhecimentos que outros países ainda não têm. Qual o perfil desse possível investidor que leve para frente o Fome Zero? Teria que ser primeiro o governo, sempre, porque há alto risco. Empresa não entra em alto risco. Pode ser, por exemplo, startups e spin-offs, porque aí tem os financiamentos do governo justamente para essas empresas, que podem virar um unicórnio, aquelas empresas de milhões de dólares, milhões de reais, ou podem morrer. Diz que de dez, uma ou duas não morrem, mas se tentou, né? E na vida, assim como na maturidade tecnológica, no tech mining, nem tudo que se começa é certo.
Tribuna - E o cooperativismo brasileiro? A agricultura familiar? Não seriam setores que poderiam crescer, fomentar e ajudar no combate à fome?
Cristina Quintela - Então, esse risco aí do meio, se fossem editais, mas a Finep (Financiadora de Projetos do Governo Federal) agora está com os editais bons nisso. Aí você financia as empresas novas. Se der certo, lá na frente vai bombar, vai exportar, e um percentual, dado que o início foi financiado pelo governo, esse percentual pode e deve ser considerado como uma taxa social. E o modelo cooperativista? Já faz a sua parte ou não faz, ou é pequeno diante de uma grandeza dessa meta, desse investimento? O cooperativismo é maravilhoso, porém, a maior parte usa muito pouca tecnologia, não faz um tech mining. Entendeu? Então, tentam-se aplicar modelos, muitas vezes até modelos importados de outro tecido social, que chega ao Brasil e não tem aderência. Porque você sabe que nós, socialmente, somos uma mistura de culturas há menos de duas ou três gerações. Então, nosso tecido social é muito móvel, muito adaptável. Então, soluções dos Estados Unidos, da África, da Europa, normalmente não têm adesão no Brasil. Você importa o programa e catapulta. Então, voltando às cooperativas. Não existem, que eu saiba, financiamentos fortes para que as cooperativas façam tech mining. Agora, o que a gente tem dentro do Profnit (Programa de Pós-Graduação em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia para Inovação) são diagnósticos de tecnologias para as cooperativas. Inclusive, é com matrizes de SWOT, as fofinhas, e com planos negociáveis, que podem incorporar tecnologias, às vezes indicações geográficas. Mas isso também passa pelo tech mining, por você minerar o que tem. Fica aqui para nós.
Tribuna – E a agricultura familiar, não seria um vetor para essa demanda, já que poderia crescer internamente, dentro do próprio país, não é?
Cristina Quintela - Se você não sabe o que tem, vai para onde? A um patamar abaixo das cooperativas está a agricultura familiar. Também pode ser uma profissão ou tem que passar pelo tech mining também. Está muito atrasado como modelo, como tecnologia. Na agricultura familiar, a Embrapa tem feito um trabalho maravilhoso. Pôs para funcionar uma série de coisas, ensinou. Mas, infelizmente, a própria Embrapa ainda está com dificuldade de internalizar o tech mining. Que é uma política de Estado, não é uma política de governo, uma coisa bem ampla. O que é que nós vimos? Nós vimos que as patentes da academia não estavam sendo transferidas para spin-offs, startups, para empresas. E vimos que as empresas não estão produzindo patentes como deviam. Nem cultivares, porque tem gente que diz, não, é porque é cultivado. Não, isso não é verdade. E aí o que é que acontece? É uma coisa bem engraçada. Quando a gente mapeia para legumes e verduras, a Embrapa tem mais artigos do que patentes. Ah não, porque ela está tendo, isso está no artigo, o artigo está publicado. Ah não, porque ela faz cultivares. Não, a gente comparou com as cultivares, porque a gente comparou o Brasil com os Estados Unidos. Comparamos o número de cultivares Brasil-Estados Unidos não é maior. Então a verdade verdadeira é que não está realmente indo para cultivares como devia. Então as tecnologias estão onde? Você entende? Precisa fazer essa transferência de tecnologia. Porque se ficar só na academia, não é? E como? Tirar da academia para colocar na boca do povo, por exemplo? É investimento de risco. Tem que ter algum empresário que corra o risco. Empresário só corre o risco se tiver dinheiro do governo. Não tem como.
Tribuna - Tem alguma coisa próxima? Tem algum modelo próximo ou ainda estamos longe disso?
Cristina - A gente está na casa do Sebrae, não é? Dos startups, dos spin-offs, de novas empresas. Por exemplo, você tem... Se eu não me engano, aqui houve apoio para pipoqueiro, uma série de situações dessas. Só que o investimento é muito baixinho. É pouco. Além disso, a gente precisa de pessoas com doutorado. Pessoas que consigam entender a tecnologia. Tenham estudo, tenham experiência para continuar. E uma pessoa com doutorado não vai ganhar salário mínimo. Então tem que haver um atrativo. E no Brasil ainda é muito pouco. O que preocupa muita gente agora é essa questão do clima. Você está vendo aí o mundo está... Em todo o mundo, aqui no Rio Grande do Sul, nem se fala.
Tribuna - Mas qual é a cerne do tech mining, como entender falando no coloquial, para se conhecer com mais clareza que tipo de sistema ou modelo é esse?
Cristina - Tech mining é você olhar o número das coisas que tem e ver se esse número dá para fazer alguma coisa ou não. Por exemplo, você vai botar uma barraquinha de cachorro-quente, certo? Onde é que você vai comprar o pão? Quanto vai custar o pão? Quanto vai custar a salsicha? Qual é o molho que você vai pôr? Mas espera aí, todo mundo põe ketchup e mostarda. Você vai pôr algum molho diferente? Porque se você for vender cachorro-quente ao preço que você precisa para ter lucro, você não vai conseguir. Então, você tem que pôr um diferencial para pôr um preço mais alto. Pronto. A gente faz isso com artigos e patentes. Só que, por exemplo, tem os vegetarianos. Você faz salsicha do quê? O que é que tem aí no mercado? O que é que dá para fazer? Porque aí você faz uma salsicha diferente. Vai poder vender por um preço maior. Com esse preço maior, você paga mais imposto ou não, certo? Você pode, com o seu lucro, como a gente faz muito e nós fazemos, nós pagamos um dízimo. O dízimo pode ser em comida, em doação de comida. Se você tem um financiamento do governo e o governo amarra isso, junto com uma cooperativa de distribuição alimentar, você já está impactando na agricultura familiar, você está impactando na renda familiar média, certo? E você tem um negócio que o governo financiou na época do risco e aí você pode até virar uma grande empresa, exportar etc. Entendeu? Então, é toda uma cadeia que tem que ser fechada aí. E depende de política governamental. Não tem como escapar disso.
MARCELO OLIVEIRA: “CAIXA TEM O DNA DA INOVAÇÃO"
O superintendente da Caixa do Governo Federal em Alagoas, Marcelo Oliveira, prestigiou o 14º ProspeCT&I e 8º Congresso Internacional do Profnit, que reuniu em Maceió, no auditório do Sebrae Alagoas, reitores, professores, alunos e pesquisadores de mais de 40 universidades brasileiras, que debateram temas emergentes como bioeconomia, inovação tecnológica e mudanças climáticas. O superintendente participou de um dos painéis do evento, onde apresentou o trabalho da Caixa em Alagoas, e programas de impacto social.
Segundo o superintendente, a Caixa incentiva eventos como o encontro das universidades da área tecnológica, por ser o executor, pelo Governo Federal, das políticas públicas e dos programas sociais que garantam a melhoria de vida do povo brasileiro, incluindo projetos e investimentos para pequenos e médios empreendedores.
“A Caixa tem o DNA da inovação tecnológica. Acompanhamos de perto a evolução das novas tecnologias que debatemos aqui no congresso, porque a gente sabe que a mudança pode e deve impactar na mudança de vida das pessoas. Entendo que essa transferência de tecnologia, a propriedade industrial, e a patente podem ser colocadas, por exemplo, no trabalho desenvolvido pelas rendeiras do Pontal da Barra ou do Queijo Brasil, lá de Maribondo que é o queijo genuinamente alagoano, projetos que apoiamos. A Caixa tem uma visão, entre elas estão projetos locais. Ou seja, a Caixa convoca startups, aceleradoras de novas tecnologias para cadastrar pessoas no fundo social e incentivá-las”, informou Marcelo.
Com essas ações, segundo o dirigente, a Caixa trabalha com linhas de crédito com taxas mais baixas para poder facilitar o processo de acesso a essas inovações tecnológicas.
“Acho que a ideia principal que foi colocada aqui durante a semana do evento é exatamente mostrar para a sociedade de que forma a Caixa está presente na vida normal do cidadão, em seu cotidiano, bem como acompanhar todas essas mudanças, para melhorar e facilitar a vida dos pequenos empreendedores”, destacou.
“MACEIÓ FOI A CAPITAL DA CIÊNCIA NESSES CINCO DIAS NO PAÍS”, AFIRMA REITOR
Em clima de despedida, o reitor da Universidade Federal de Alagoas, Josealdo Tonholo, como bom anfitrião, deu o tom de agradecimento e destacou o Estado como fomentador da tecnologia e inovação nos cinco dias do Profnit.
“Alagoas recebeu o maior evento de propriedade intelectual e transferência de tecnologia do país, com a presença de mais de 40 universidades representadas seja de modo presencial e remoto, para discutir a nova política industrial do Brasil, instituída recentemente pelo governo federal. Estivemos aqui com os melhores pensadores, para entendermos melhor e definir regulamentação, formação de profissionais capacitados, em quais áreas poderemos atuar para garantir essa nova política”, destacou o reitor da Ufal e pró-reitor da rede Profnit, Josealdo Tonholo.
“Foram cinco dias muito especiais para nós alagoanos, porque Maceió foi a capital da ciência, tecnologia e inovação no novo cenário de reposicionamento do país nessa área, com mais de quarenta universidades reunidas. Então valeu muito”, completou o reitor.
CONFIRA VÍDEOS PRODUZIDOS NO EVENTO:
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