Ciência e Tecnologia
Alagoas discute inovação e tecnologia
Estado sedia encontro que debate, entre 40 universidades brasileiras, nova política industrial do Brasil
Até a próxima sexta-feira (17), Maceió será a capital nacional da inovação tecnológica, com a realização de dois grandes encontros: o 14º ProspeCT&I e 8º Congresso Internacional Profnit – uma das maiores redes de programas de mestrado e pós-graduação do país, que reúne instituições associadas de pesquisa e estudos temáticos sobre propriedade industrial e transferência de tecnologia. Os eventos foram abertos ontem, na sede do Sebrae Alagoas, com o tema central “Interação Universidade, Indústria e Caminhos para uma Bioeconomia Efetiva”, que reuniu o universo acadêmico, empresarial, governamental e de organizações sociais.
O encontro é uma promoção da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Caixa Econômica Federal (CEF), Fórum de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec), a rede Profnit e os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs). O evento tem o apoio do Sistema Tribuna de Comunicação da Cooperativa de Jornalistas e Gráficos de Alagoas (Jorgraf). Durante as conferências, exposições, minicursos, mesas redondas, oficinas temáticas e estudos de caso do evento, serão discutidos assuntos emergentes como o incentivo e o desenvolvimento sustentável do país, do ponto de vista social, econômico e ambiental; bem como a criação de modelos de investimentos em produtividade e inovação tecnológica.
“Alagoas está recebendo o maior evento de propriedade industrial do país, com a presença de mais de 40 universidades representadas seja de modo presencial e remoto, para discutir a nova política industrial do Brasil, instituída recentemente pelo governo federal. Estamos aqui com os melhores pensadores, para entendermos melhor e definir regulamentação, formação de profissionais capacitados, em quais áreas poderemos atuar para garantir essa nova política”, assinalou o reitor da Ufal e pró-reitor da rede Profnit, Josealdo Tonholo.
Para o superintendente da Caixa Econômica Federal em Alagoas, Marcelo Oliveira, o uso intensivo da tecnologia é uma das prioridades do governo federal para melhorar a vida dos brasileiros, com projetos e investimentos para pequenos e médios empreendedores.
“A Caixa incentiva eventos como esse de tecnologia, por ser o principal parceiro do Governo federal na garantia de políticas públicas que levem a melhoria de vida das pessoas. Seja por transferência tecnológica de patentes ou quaisquer outros programas sociais. Temos muitas ações e inscrições de projetos locais que incentivam desde o agronegócio ao pequeno empreendedor. Estamos empenhados em levar crédito com taxas mais baixas para facilitar a vida dos brasileiros”, disse Marcelo Oliveira.
Bioeconomia, industrialização e mudanças climáticas na pauta
Para a coordenadora geral dos dois eventos, Tatiane Balliano, presidente da Comissão Acadêmica Internacional de Pós-graduação da Profnit, a principal motivação do encontro é buscar as melhores práticas para atender à instituições centrais na questão de investimentos em pesquisa, inovação, ciência e tecnologia, dos mais importantes fóruns de discussão no cenário nacional, como a Fundação Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ) e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O encontro tem a presença dos mais renomados nomes da ciência e tecnologia do Brasil e do mundo. São mais 40 conferencistas, mediadores e instrutores.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS E GLOBALIZAÇÃO
Os programas de mestrado e de especialização do 8º Congresso Internacional Profnit têm alcance internacional, de modo geral, pois todas as discussões estão colocadas de forma global, como também pelos colaboradores da rede Profnit. “A internacionalização vai naturalmente a reforçar a qualidade de nossos cursos, bem como responder as necessidades das exigências das instituições de fiscalização da qualidade”, frisou Balliano.
O evento traz também temas emergentes como o tema central do encontro: a bioeconomia e o processo de planejamento do governo de Estado, e o processo de industrialização, bem como a questão do clima.
“Enquanto rede integrada de inovação tecnológica esses são temas promissores. As mudanças climáticas estão todo tempo aí, evidenciando as necessidades de estratégias que a gente possa contornar o problema e achar as melhores soluções para os danos causados ao meio ambiente. Do ponto de vista da bioeconomia o mundo inteiro tem demandado soluções nessa área. Muitos vetores apontam para a necessidade de uma exploração adequada da bioeconomia dos recursos naturais”, completou Balliano.
A abertura, no começo da noite de ontem, contou com a presença dos anfitriões e parceiros, como o reitor da Ufal, Josealdo Tonholo; Marcelo Alves de Oliveira Júnior, superintendente, da Caixa Econômica Federal; Vinícius Lages, diretor do Sebrae; Fábio Guedes, diretor-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa no Estado de Alagoas e Carlos Guedes, reitor do Ifal - Instituto Federal de Alagoas.
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