Ciência e Tecnologia
Painel discute desafios dos ecossistemas de inovação rumo à internacionalização
Discussão que encerrou o ELI Summit, em Recife, contou com a mediação do diretor-superintendente do Sebrae Alagoas, Vinicius Lages
A 2ª edição do Ecossistemas Locais de Inovação (ELI Summit), um dos principais eventos do país nesse segmento, foi encerrada na sexta-feira (27), com o painel “Conectando Ecossistemas de Inovação Internacionalmente”, mediado pelo diretor-superintendente do Sebrae Alagoas, Vinicius Lages, com a participação de Silvio Meira (Porto Digital), Jernej Pintar (Technology Park Ljubljana) e Kauan Von Novak (Startupbootcamp).
“Em um mundo cada vez mais conectado e interdependente, quer por razões de ampliar mercado, buscar margens competitivas, desenvolver capacidades tecnológicas, captar talentos e se posicionar diante de teses de investimentos de fundos globais, a jornada de internacionalização é cheia de desafios, tanto para empresas quanto para os ecossistemas de inovação”, afirma Vinicius Lages.
Mas, segundo ele, trata-se de um caminho incontornável, mesmo em economias menos competitivas em setores estratégicos, como a alagoana. “Mercado, talentos, financiamento, conhecimento, capacidades tecnológicas foram os principais drivers de internacionalização abordados neste painel”, reforça o diretor-superintendente.
O painel tratou das experiências de ecossistemas de inovação como o Porto Digital, em Recife, que realiza sua primeira presença internacional em Portugal; o Parque Científico e a Tecnológico de Liubliana, na Eslovênia; e o Startupbootcamp, um fundo de investimento e aceleradora com sede na Holanda, mas com presença em 16 países no mundo.
Na opinião de Vinicius Lages, estratégia, ambição, coerência de propósito, capacidade de entender os ambientes de negócios e arranjos institucionais de países alvo da estratégia são requisitos fundamentais para estabelecer conexões globais. “Conhecer as teses dos fundos de investimento e entender os desafios de uma agenda ESG cada vez mais presente nas escolhas de investimentos dos fundos internacionais também são pontos essenciais”, completa.
O evento teve a curadoria assinada pelo renomado consultor espanhol Josep Miquel Piqué. “Esse é um espaço de reflexão para gestores e formuladores de políticas públicas. O grande desafio que temos nos ecossistemas não é criar novos agentes, mas, sim, coordenar esses agentes para assegurar que tenhamos um propósito em comum, que é ativar a inovação econômica e social”, argumenta Piqué.
O ELI Summit é uma iniciativa do Sebrae Nacional e do Sebrae Pernambuco, realizado em Recife, entre os dias 25 a 27. O encontro de alcance internacional, que é uma parceria com a Anprotec e o Porto Digital, contou com uma programação intensa, reunindo líderes do setor produtivo inovador, instituições de pesquisa, mecanismos de inovação, agências de fomento, governos e investidores.
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