Ciência e Tecnologia
Plataforma do Instituto de Computação da Ufal usa inteligência artifical na correção de redações
Ferramenta pode ser um auxílio para professores do ensino fundamental
Pesquisadores do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (Nees), que é vinculado ao Instituto de Computação (IC) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), criaram uma plataforma que corrige redações. Por meio do uso da inteligência artificial, professores do ensino fundamental de escolas públicas brasileiras contam com uma ferramenta gratuita para ajudá-los na tarefa de corrigir redações dos seus alunos.
A plataforma permite que textos dos estudantes sejam corrigidos a partir da avaliação do professor que usa como referência respostas dos próprios alunos. Além de auxiliar na correção, a ferramenta identifica os erros mais frequentes em cada turma.
Mais de um milhão de redações já foram corrigidas este ano utilizando a plataforma. Nas cidades de Arapiraca e Girau de Ponciano, ambas em Alagoas, o Nees está realizando uma avaliação para medir o impacto do projeto.
O sistema tem duas versões, uma para turmas do 1º ao 5º ano do ensino fundamental e outra para estudantes do 6º ao 9º ano. A novidade é que os pesquisadores estão desenvolvendo uma terceira versão para o ensino médio.
Como funciona
O professor tem acesso a um aplicativo de celular onde todos os alunos matriculados na turma dele já estão inseridos. A partir desse aplicativo, o docente tira uma foto de cada redação (que foi escrita pelo discente em um papel comum) e o sistema faz o processamento.
“Após o processamento, o professor recebe um feedback que pode ser focado em um aluno ou na turma toda. Um dos diferenciais da plataforma é utilizar inteligência artificial com poucos recursos tecnológicos e sem a necessidade de acesso à internet constante”, ressalta o pesquisador Rafael Ferreira, um dos coordenadores do projeto.
Por meio de algoritmos, a ferramenta criada pelos pesquisadores do Nees corrige as redações dos estudantes observando o uso correto da gramática, coerência textual e coesão, entre outros aspectos. Para isso, o sistema criou um modelo baseado nos mesmos critérios seguidos pelos avaliadores do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) na prova de redação.
“A plataforma também possui uma comunidade onde os professores podem compartilhar materiais relacionados aos temas abordados nas redações”, explica Rafael, que é docente da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).
A ferramenta está disponível para qualquer escola pública utilizar através da plataforma integrada Brasil na escola, acesse aqui!
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