Ciência e Tecnologia
Alagoana é exemplo de que há muito espaço para mulheres no mercado de Tecnologia da Informação
No final da infância, a alagoana Adriana Almeida ficou encantada ao assistir na TV a uma reportagem sobre desenvolvimento de games e, muito curiosa, quis entender melhor este universo. Porém, como não tinha acesso à internet em casa, passava horas em lan houses a procura de tutoriais que ensinassem a “mexer” com essas máquinas. Aos 14 anos, autodidata, já consertava computadores e celulares de amigos, mesmo sem a educação formal na área. Pronto: Adriana tinha descoberto sua vocação.
Porém, ingressar neste mercado que infelizmente ainda é majoritariamente masculino, não foi fácil. A primeira resistência que Adriana enfrentou foi logo dentro de casa, com a avó que não acreditava no sucesso financeiro da profissão. Depois, quando finalmente se matriculou em seu primeiro curso de tecnologia, teve à frente um professor não muito amigável, que costumeiramente “botava a classe toda para baixo”, como conta a alagoana.
Persistente e determinada, logo Adriana descobriu um curso noturno de informática do Senai. A partir daí, aliando o conhecimento formal com a prática desenvolvida por conta própria, a jovem deixou de lado o conserto de celulares para auxiliar no desenvolvimento de sistemas em um escritório de advocacia de Maceió.
Porém foi em 2021, ainda durante o difícil período da pandemia, que surgiu a grande virada na carreira desta ainda jovem desenvolvedora de sistemas. Ela candidatou-se a uma vaga na Foursys, empresa que há 23 anos fornece soluções tecnológicas inovadoras com escritórios em nove países, entre eles Brasil, EUA, Chile e Portugal.
Agora, aos 27 anos, Adriana trabalha remotamente direto sua cidade natal, Maceió onde atualmente também cursa Análise e Desenvolvimento de Sistemas na faculdade.
Mulheres e o Mercado de TI – O exemplo da trajetória de Adriana pode ser considerado uma exceção neste universo de TI, que é majoritariamente masculino. Embora os dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) de 2022 apontem que população brasileira conta com 51,1% de mulheres, os números do mercado profissional de Adriana são opostos.
De acordo com a mais recente Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), dos 580 mil profissionais de TI no país, apenas 20% são mulheres. Em outras palavras, este segmento da economia também é um território a ser conquistado pelas mulheres.
Mulheres na Foursys – A empresa onde Adriana trabalha, a Foursys, busca o sentido da redução desta desigualdade entre homens e mulheres em seu quadro de colaboradores. Atualmente a corporação conta com a presença de 25% de mulheres, sendo que em cargos de liderança são 29% com tendência de ampliação.
Uma das soluções encontradas pela Foursys para encontrar talentos do sexo feminino é a parceria que a empresa mantém com o Instituto Educ360° - edtech que aplica educação e tecnologia em projetos voltados ao impacto social.
O instituto criou o curso Código de Base Mulheres, iniciativa que oferece exclusivamente às mulheres uma Jornada de Capacitação ao longo de três meses, totalmente gratuita, em categorias com Soft Skill, Mindset Ágil, UX e Stacks. A proposta é fazer com que, ao final da jornada de capacitação em TI, as participantes sejam contratadas por empresas que recebam as alunas oriundas destes cursos, a exemplo da Foursys, que já apoia e mantem parceira com o Educ360°.
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