Ciência e Tecnologia

Desatenção contribui para aumento de golpes cibernéticos em período de festas, afirma especialista

Por Assessoria 30/12/2022 13h44
Desatenção contribui para aumento de golpes cibernéticos em período de festas, afirma especialista
Golpes cibernéticos - Foto: Imagem ilustrativa

As confraternizações de fim de ano causam uma mobilização por consumo de serviços e produtos e, também por causa disso, os cuidados devem ser redobrados para que sejam evitados os golpes cibernéticos, cada vez mais comuns no Brasil. Segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), 3 em cada 10 brasileiros já foram alvo de golpes financeiros na internet. Outro levantamento, feito pela empresa PSafe, também constatou que, de janeiro a junho de 2022, quase 5 milhões de tentativas de golpes foram registradas no país, o que representa cerca de mil vítimas por hora.

Segundo Regiane Nascimento, Assessora de Controles Internos da Sicredi Expansão, o alto registro de golpes no período de ano novo e do carnaval pode ser explicado pela pouca atenção que as pessoas costumam ter nesses momentos, e destaca algumas dicas.

“As pessoas devem habilitar a verificação em duas etapas; não deixar a foto do WhatsApp visível a todos, deixar somente aos seus contatos; não clicar em links recebidos via WhatsApp, e-mail e SMS; ao receber mensagens de pessoas conhecidas (foto no perfil) pedindo dinheiro, ligar para a pessoa para se certificar do pedido; não fornecer dados pessoais em ligações e/ou compartilhar dados pessoais em redes sociais; não compartilhar senhas e nem utilizar a mesma em vários aplicativos, sites e cartões”, alerta.

Ela detalha que, para aumentar a segurança, as senhas criadas para acessar aplicativos devem conter letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. A senha também deve ser trocada periodicamente, a cada dois meses ou sempre que houver suspeita de que esteja comprometida. Outra orientação importante é evitar anotá-la em blocos de notas, agendas, cadernos ou salvá-las em arquivos, computadores, celulares ou navegadores. “O uso do recurso do login por biometria facial ou digital e da senha PIN também garante uma maior proteção”, afirma Regiane.

Ela ainda reforça que, ao receberem propostas tentadoras de venda de produtos, bens ou serviços, as pessoas devem desconfiar se o valor for muito baixo e que, por isso, vale a realização da pesquisa de mercado para comparar os preços. Confirmar a linha digitável e os dados do beneficiário/cedente ao pagar boletos também é uma importante medida preventiva.

A seguir, saiba quais são os golpes que estão em alta:

*Golpe de falsos funcionários de instituições financeiras oferecendo empréstimos ou suporte técnico (pedindo para instalar apps e confirmar dados pessoais, inclusive a senha);

*Golpe por WhatsApp (usando a foto da pessoa/parente pedindo para enviar Pix, TED, transferência bancária);

*Golpe do link patrocinado, com anúncios de produtos que redirecionam para sites falsos;

*Golpe do emprego (oferta de trabalho em empresas de grande porte, tipo Amazon);

*Golpe do investimento, oferecendo remuneração tentadora;

*Golpe da venda de produtos por preço muito abaixo do mercado;

*Golpe do boleto falso (código de barras adulterado, cujo valor pago é repassado para conta de terceiros e não do cedente/favorecido);

*Golpe de extorsão (chantagem, ameaça de divulgação de fotos íntimas ou informações confidenciais).

Para contribuir com a comunidade e associados, a Sicredi desenvolveu uma Cartilha de Segurança Digital que orienta sobre os golpes que estão sendo aplicados atualmente. Para saber mais, acesse https://www.sicredi.com.br/site/seguranca/.