Ciência e Tecnologia
Uso de aplicativo fez volume de fretes rodoviários saltar 38%
A Fretebras, maior plataforma online de transporte de cargas da América Latina, acaba de lançar a 8ª edição do “Relatório Fretebras -- O Transporte Rodoviário de Cargas”, com base na análise de 4,7 milhões de fretes publicados no primeiro semestre de 2022. De acordo com o estudo, a confiança das empresas nos aplicativos de fretes levou a um crescimento de 38% no volume de cargas, na comparação com o primeiro semestre de 2021. Ao todo foram movimentados R$ 49 bilhões em fretes de janeiro a junho de 2022.
Com o uso das plataformas de fretes para contratar caminhoneiros, o mercado conseguiu se preparar melhor para enfrentar os desafios do primeiro semestre, como a alta inflação, a crise dos preços dos combustíveis e as incertezas econômicas em decorrência dos conflitos internacionais, como a guerra da Ucrânia. Com isso, o PIB do setor de transporte de cargas cresceu 2,1% no primeiro trimestre de 2022, o dobro do PIB nacional (+1%), na comparação com o mesmo período de 2021.
“A digitalização dos fretes já é uma realidade. Analisando as operações de milhares de transportadoras clientes, descobrimos que ao utilizarem a Fretebras, conseguem aumentar a produtividade na contratação de motoristas em pelo menos 10%, o que significa um aumento de R$ 40 mil por mês no seu faturamento, por operador. Naturalmente, as transportadoras perceberam essa vantagem e estão conectando cada vez mais as suas operações com a nossa plataforma”, destaca Bruno Hacad, diretor de Operações da Fretebras.
A 8ª edição do Relatório demonstra que as regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste puxaram o crescimento durante o período, além de registrarem o maior volume de fretes publicados na plataforma. No Sudeste, o número de fretes teve aumento de 43,5%. No Sul, o aumento foi de 19,4%. Já no Centro-Oeste, o salto foi de 67,4%, em comparação com o mesmo período no ano passado.
Os estados que representaram o maior volume de fretes no primeiro semestre de 2022 foram São Paulo (21,3%), Minas Gerais (17,8%) e Paraná (11,2%). Destaque para o estado mineiro, que assumiu a segunda posição, com aumento de 2 p.p. em representatividade, impulsionado pelo setor da construção. Já o Paraná teve uma queda de cerca de 2 p.p., em função dos problemas climáticos que afetaram o agronegócio no Estado.
Aposta por soluções digitais movimenta principais setores da economia
O estudo da Fretebras analisa, tradicionalmente, três grandes setores, que representam mais de 50% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil: o agronegócio, a indústria e a construção. A tendência de uso dos aplicativos para movimentação dos fretes tem sido uma constante em todos eles.
“O agro brasileiro é um modelo global de tecnologia e vemos, a cada edição do relatório, que o transporte de grãos está cada vez mais digitalizado. A economia na contratação dos motoristas autônomos chega a 30% quando comparado com o uso da frota própria. Não só os agricultores têm aproveitado essa vantagem, mas a indústria também tem seguido o mesmo caminho”, reforça Hacad.
O agronegócio puxou a oferta de fretes no período, com 36% das cargas registradas na plataforma da Fretebras, um salto de 33% em comparação com o ano passado, representando cerca de R$ 17,5 bilhões em fretes distribuídos.
Apesar dos problemas de estiagem no Sul, que afetaram a produção da soja, produtos como o milho e o trigo tiveram ótima performance no semestre e ambos devem atingir produções recordes até o final do ano. Com isso, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mantém uma estimativa favorável para a produção de grãos da safra 21/22, com crescimento de 6,7% em relação à temporada passada.
Já a movimentação de produtos industrializados originou quase 28% dos fretes anunciados na Fretebras no primeiro semestre de 2022, o que representa R$ 13,5 bilhões pagos aos caminhoneiros contratados via Fretebras. Na comparação com o mesmo período de 2021, o setor teve crescimento de 37,6% no volume de transportes.
A produção industrial brasileira acumulou queda de 2,2% no primeiro semestre de 2022, em comparação com o mesmo período do ano anterior, mesmo tendo atingido quatro meses de alta no comparativo mensal até maio. Isso reflete as dificuldades que o setor industrial segue enfrentando, como o aumento nos custos de produção e a restrição de acesso a insumos para a produção de bem final.
Os fretes de insumos para construção representaram quase 15% das cargas registradas na Fretebras nos primeiros seis meses de 2022, movimentando R$ 7,2 bilhões das empresas para os motoristas autônomos. Em relação ao primeiro semestre de 2021, houve crescimento de 58,9% em 2022 no volume de fretes da categoria.
Mesmo com o cenário de inflação e altas de juros, o setor encerrou o primeiro semestre com 3,5% de crescimento, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). O setor continua otimista, com projeção de alta de 13,5% até o final do ano, por conta dos negócios firmados há dois anos, que começaram a sair do papel.
*O relatório completo pode ser acessado aqui.
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