Ciência e Tecnologia
Como funcionam os cookies de internet e o que eles têm a ver com seus dados
Dispositivos presentes em sites armazenam informações para agilizar a navegação na internet, mas seu uso está condicionado ao consentimento do usuário, conforme a LGPD
Para muita gente, eles são biscoitos doces e, geralmente, deliciosos. Mas quem navega na internet também está sempre lendo e ouvindo sobre eles: os cookies. São programas utilizados por sites e portais para armazenar e personalizar dados e informações sobre a navegação do internauta.
O uso deles passou a ser mais presente e conhecido desde 2018, com a entrada em vigor da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que obriga os sites a apresentarem os “avisos de cookies” ou “avisos de privacidade”, dando ao usuário a opção de gerenciar o uso desses programas. Mas o surgimento deles é bem anterior: foi em 1994, por iniciativa de engenheiros de software da empresa americana Netscape - e o nome em inglês remete aos famosos biscoitos.
Diógenes Carvalho Matias, professor do curso de Análise e Desenvolvimento de Sistemas (ADS) do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco), explica que os dados dos cookies são guardados pelo navegador para registrar informações e tarefas de navegação dos usuários. “Eles são projetados para serem um mecanismo confiável, para que os sites se lembrem das informações da atividade do usuário. Ou seja, faz parte da arquitetura da web”, disse ele.
A maior vantagem dos cookies de internet é dar mais agilidade ao uso da internet, dentro do que os sites chamam de “melhorar a experiência de navegação” do internauta. O professor lembra que, com o uso dos cookies, o usuário não precisa digitar novamente sua senha ou atualizar suas preferências a cada vez que acessa um site ou faz um serviço através dele, como compras, pagamentos e preenchimento de formulários. Um porém disso tudo está na segurança dos dados, pois existe o risco de que cibercriminosos rastreiem os dados de navegação através de vírus ou programas de phishing, em busca de senhas ou dados bancários.
Uma opção para o internauta é mudar as configurações de cada navegador, programando-o para rejeitar todos os cookies ou aceitá-los parcialmente. “Todo navegador de internet (browser) tem uma opção de privacidade e segurança em seu painel de configuração. Nesta opção, você pode apagar todos os cookies de sua máquina ou também, toda vez que fechar seu browser, podemos configurar a opção de apagar todo o histórico de cookies guardados em sua navegação”, indica Diógenes.
O professor da Unit Pernambuco esclarece ainda que a LGPD obriga todos os sites a pedir o consentimento do usuário para coletar, armazenar e processar os seus dados, o que aparece nas mensagens sobre “aviso legal”, “aviso de cookies”, “aviso de privacidade”, etc. A recomendação é de que o usuário leia sempre as regras do que vai ser armazenado nestes arquivos, e se isso está ou não de acordo com a LGPD. “Na dúvida se não entender o que o site está propondo não aceite e procure orientação de profissionais de TI sobre o assunto”, diz.
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